Por Ulisses Pompeu – de Marabá
Através de um Agravo de Instrumento, o advogado
Inocêncio Mártires Coelho Júnior, um dos mais renomados de Belém,
ingressou no último dia 9 no Tribunal de Justiça do Estado (TJE) para
tentar anular
os efeitos da decisão da juíza Maria Aldecy de Souza Pissolati, que dois dias antes concedeu Mandado de Segurança e determinou a volta de Maurino Magalhães ao cargo de prefeito, tornando sem efeito a decisão da Câmara Municipal de Marabá de afastá-lo através da instauração de uma Comissão Processante para apuração de infração político-administrativa.
os efeitos da decisão da juíza Maria Aldecy de Souza Pissolati, que dois dias antes concedeu Mandado de Segurança e determinou a volta de Maurino Magalhães ao cargo de prefeito, tornando sem efeito a decisão da Câmara Municipal de Marabá de afastá-lo através da instauração de uma Comissão Processante para apuração de infração político-administrativa.
Na
segunda-feira, 12, o processo foi distribuído para o desembargador
Leonam Gondim da Cruz, e há uma expectativa para que ele conceda uma
decisão liminar ainda hoje. Mesmo assim, a matéria deverá ser apreciada
posteriormente pelo colegiado dos desembargadores.
O desembargador Leonam Godim declarou-se
impossibilitado de julgar o caso por motivo de foro íntimo. Com isso, o
documento voltou para a distribuição eletrônica do Tribunal, na última
quarta-feira, dia 14 foi parar no gabinete do desembargador Roberto
Gonçalves de Moura. A expectativa é que até segunda-feira, dia 19, ele
faça análise do caso e revogue, ou não, a decisão da juíza Maria Aldecy
Pissolati, da 3ª Vara Cível de Marabá, que anulou os efeitos da Comissão
Processante que afastou Maurino Magalhães do cargo de prefeito.
No pedido de Inocêncio Mártires Junior (foto), não
havia nenhuma citação à suspeição da juíza Maria Aldecy, como muitas
pessoas têm especulado nos últimos dias. Caso esse pedido fosse feito e
concedido pelo TJE, a juíza Maria Aldecy seria substituída no julgamento
de causas relativas à Prefeitura de Marabá. Houve também especulações
de que o Ministério Público entraria com um pedido de suspeição da mesma
juíza por ela ter modificado a decisão do colega César Dias França
Lins, que a substituiu no cargo por algumas semanas.
A vereadora Júlia Rosa, 1ª Secretária da Mesa
Diretora da Câmara Municipal, revelou que o objetiva do Legislativo,
inicialmente, é agravar apenas a decisão da juíza. “Não houve consenso
em relação à suspeição. Estávamos na expectativa para uma decisão, que
poderá sair nesta terça-feira”, previa a vereadora.
O blog procurou a juíza Maria Aldecy em seu gabinete,
no final da manhã de ontem, mas ela preferiu não se pronunciar sobre os
rumores de pedido de suspeição contra si.
Este não seria o primeiro pedido de suspeição da
juíza Maria Aldecy. Em 2011, o Sintepp (Sindicato dos Trabalhadores na
Educação Pública do Pará) Subsede Marabá, ingressou no Tribunal, no
período do calor das discussões salariais, com um pedido de Exceção de
Suspeição da juíza, alegando que ela não poderia julgar casos relativos à
Prefeitura porque havia “amizade íntima entre a Magistrada e o Prefeito
Municipal”. À época, todavia, a relatora do caso, desembargadora Maria
de Nazaré Saavedra Guimarães, entendeu que a ação era intempestiva,
porque o sindicato havia perdido o prazo para ingressar com o pedido.
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