Explosões simultâneas deixaram centenas de vítimas em região habitada
sobretudo por cristãos e drusos. Rebeldes sírios têm visado minorias
religiosas, acusando-as de apoiar o regime Assad.
Um novo atentado a bomba em Djaramana, cidade na periferia de Damasco,
matou mais de 50 pessoas na manhã nesta quarta-feira (28/11), ferindo
mais de 120. As informações sobre o total de vítimas são do Observatório
Sírio dos Direitos Humanos, grupo oposicionista baseado em Londres.Segundo opositores do regime sírio, houve quatro explosões simultâneas, e duas das bombas estariam escondidas em automóveis nas proximidades de uma praça central de Djaramana. As explosões deixaram um rastro de destruição, com poças de sangue e corpos despedaçados pelo chão.
Até o momento, nenhum grupo reivindicou o atentado. Em 29 de outubro último a explosão de um carro-bomba em Djaramana fizera 10 vítimas fatais e 41 feridos. O bairro é habitado sobretudo por cristãos e drusos, considerados apoiadores do presidente Bashar al-Assad.
A oposição ao governo na guerra civil síria é composta principalmente por muçulmanos sunitas. Repetidamente os insurgentes têm visado minorias religiosas, acusando-as de apoiar o regime Assad. Aumenta também o número dos radicais islâmicos em luta contra o governo. Rebeldes e tropas oficiais lutam pelo controle de diversos bairros da capital Damasco.
Aeronaves abatidas
Opositores armados informaram nesta quarta-feira ter abatido um avião de combate do governo numa área rural da província de Aleppo. O piloto teria sobrevivido com ferimentos graves. Um vídeo divulgado pelos rebeldes mostra um homem uniformizado, ferido na cabeça, sendo carregado nas costas por um civil.
O diretor do Observatório Sírios dos Direitos Humanos, Rami Abderrahman, declarou à agência alemã de notícias DPA que pela primeira vez os insurgentes estariam empregando mísseis superfície-ar, um dos quais teria abatido um helicóptero na terça-feira, nos limites de Aleppo.
Segundo fontes oposicionistas, na última semana teriam sido fornecidos mísseis aos rebeldes através da Turquia. Até então, só ocasionalmente e com muita sorte, usando metralhadoras e a partir de telhados, os insurgentes conseguiam atingir um ou outro avião em voo baixo.
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