Derrocada do ex-craque: Bruno começa a ser julgado por morte de Eliza
Rio - Ídolo do Flamengo, alvo do Milan (Itália), cotado para a
Seleção Brasileira, dono de carros e imóveis luxuosos e homem de muitas
mulheres. Essa era a vida do goleiro Bruno de Souza antes de ser preso
em 9 de julho de 2010, acusado do desaparecimento e morte da modelo
Eliza Samudio, com quem teve um filho.
Desde então, com a suspensão do contrato com o rubro-negro, ele, que completa 28 anos em dezembro, deixou de receber pelo menos R$ 4,4 milhões. O prazo para renovação termina dia 31 de dezembro. Hoje, recebe menos de R$ 500 como faxineiro da prisão.
Clique abaixo para ampliar a imagem:
“Não tenho dúvidas de que o Bruno vai voltar para o Flamengo e chegar à Seleção”, aposta Rui Pimenta, advogado do ex-atleta.
Bruno e mais quatro acusados começarão a ser julgados hoje pelo assassinato de Eliza, às 9h, no 2º Tribunal do Júri, em Contagem (MG). O otimismo do advogado não ganha eco no Fla. “Não estou a par deste assunto, só o (departamento) jurídico”, alegou o diretor de relações externas do clube, Walter Oaquim.
Procurado pelo DIA, Rafael de Piro, vice-presidente jurídico do Rubro-Negro, não entrou em detalhes sobre o assunto. “Sei que o contrato vai até essa data, mas não tenho detalhes. Não me recordo quanto ele ganhava”, afirmou. Bruno faturava, pelo menos, R$ 160 mil por mês.
Sem salário, Bruno viu, da cadeia, ruir o seu patrimônio. O preço do sítio dele no condomínio Turmalina (MG) — onde Eliza teria sido mantida em cativeiro — caiu de R$ 1,5 milhão para R$ 800 mil, contou Francisco Simim, que também defende o jogador. Dois apartamentos do ex-atleta em Minas já teriam sido vendidos.
Viagem e protesto na porta do Fórum
Antes mesmo de começar, o julgamento já mudara a rotina de Contagem, ontem. Moradores de outras cidades mineiras chegaram para acompanhar a movimentação diante do Fórum. As ruas no entorno, na Praça Tiradentes, foram interditadas para a passagem de autoridades e de policiais. Numa delas, apenas veículos da imprensa, podem circular. Uma pichação em letras garrafais em um prédio ao lado do Fórum, dizia: ‘Bruno, diga com quem andas, que eu te direi quem és’.
André Luís dos Santos, saiu de Viçosa, a dois quilômetros de Contagem, para acompanhar o julgamento. Ele carrega cruz de 40kg com colagens de Elisa e dos acusados de sua morte: “Meu protesto é um pedido de Justiça. O Bruno era exemplo, principalmente para as crianças. Agora tem uma criança orfã e uma mãe deseperadada em busca do corpo da filha.
Já o segurança Alécio Fernandes afirma que o atleta merece escapar da condenação. “Há dois anos vivemos essa expectativa, todos querem saber se o Bruno vai ser absolvido ou não. Se eu estivesse no júri, iria inocentá-lo, para mim, ele não planejou nada”, opinou.
Desde então, com a suspensão do contrato com o rubro-negro, ele, que completa 28 anos em dezembro, deixou de receber pelo menos R$ 4,4 milhões. O prazo para renovação termina dia 31 de dezembro. Hoje, recebe menos de R$ 500 como faxineiro da prisão.
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“Não tenho dúvidas de que o Bruno vai voltar para o Flamengo e chegar à Seleção”, aposta Rui Pimenta, advogado do ex-atleta.
Bruno e mais quatro acusados começarão a ser julgados hoje pelo assassinato de Eliza, às 9h, no 2º Tribunal do Júri, em Contagem (MG). O otimismo do advogado não ganha eco no Fla. “Não estou a par deste assunto, só o (departamento) jurídico”, alegou o diretor de relações externas do clube, Walter Oaquim.
Procurado pelo DIA, Rafael de Piro, vice-presidente jurídico do Rubro-Negro, não entrou em detalhes sobre o assunto. “Sei que o contrato vai até essa data, mas não tenho detalhes. Não me recordo quanto ele ganhava”, afirmou. Bruno faturava, pelo menos, R$ 160 mil por mês.
Sem salário, Bruno viu, da cadeia, ruir o seu patrimônio. O preço do sítio dele no condomínio Turmalina (MG) — onde Eliza teria sido mantida em cativeiro — caiu de R$ 1,5 milhão para R$ 800 mil, contou Francisco Simim, que também defende o jogador. Dois apartamentos do ex-atleta em Minas já teriam sido vendidos.
Capitão e ídolo do Flamengo, Bruno ergue a taça do Campeonato Brasileiro de 2009, em dezembro daquele ano; seis meses depois, era preso, sob acusação de matar Eliza Samudio | Foto: Marcelo Regua e Carlo Wrede / Agência O Dia
Acostumado a morar em casa luxuosa em condomínio na Recreio dos Bandeirantes, no Rio, alugada por R$ 6 mil, hoje Bruno vive em cela individual de seis metros quadrados na penitenciária de segurança máxima Nelson Hungria, em Contagem. Preso de bom comportamento, ele treina e trabalha como faxineiro.Viagem e protesto na porta do Fórum
Antes mesmo de começar, o julgamento já mudara a rotina de Contagem, ontem. Moradores de outras cidades mineiras chegaram para acompanhar a movimentação diante do Fórum. As ruas no entorno, na Praça Tiradentes, foram interditadas para a passagem de autoridades e de policiais. Numa delas, apenas veículos da imprensa, podem circular. Uma pichação em letras garrafais em um prédio ao lado do Fórum, dizia: ‘Bruno, diga com quem andas, que eu te direi quem és’.
André Luís dos Santos, saiu de Viçosa, a dois quilômetros de Contagem, para acompanhar o julgamento. Ele carrega cruz de 40kg com colagens de Elisa e dos acusados de sua morte: “Meu protesto é um pedido de Justiça. O Bruno era exemplo, principalmente para as crianças. Agora tem uma criança orfã e uma mãe deseperadada em busca do corpo da filha.
Já o segurança Alécio Fernandes afirma que o atleta merece escapar da condenação. “Há dois anos vivemos essa expectativa, todos querem saber se o Bruno vai ser absolvido ou não. Se eu estivesse no júri, iria inocentá-lo, para mim, ele não planejou nada”, opinou.
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