Segundo hospital, contraventor apresentava sintomas de insônia e estresse. Boletim médico deve ser divulgado na manhã desta segunda-feira (26)
O contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, foi
internado por volta das 22h de domingo (25), no Hospital Neurológico de
Goiânia, no Setor Bueno Foto: Reprodução
Na última sexta-feira (23), Cachoeira visitou o túmulo da mãe em Anápolis, cidade a 55 quilômetros de Goiânia, e, de acordo com familiares, já estava debilitado. No dia, ele precisou tomar soro e fez exames de sangue. O bicheiro recebeu a visita de um médico na casa do pai e voltou para Goiânia no fim da tarde.
Muito emocionado no cemitério, ele chorou ao se despedir da matriarca da família. Maria José de Almeida morreu no dia 16 de abril, aos 79 anos, por falência múltipla dos órgãos, enquanto o filho estava no presídio de segurança máxima de Mossoró, no Rio Grande do Norte.
Acompanhado da mulher, Andressa Mendonça, três irmãos e uma criança, ele permaneceu cerca 10 minutos no local. Na sua cidade natal, Cachoeira passou um tempo com o pai, Sebastião de Almeida Ramos, conhecido com Tião Cachoeira, de 88 anos.
Passaporte
Também na sexta, o advogado do escritório que defende o contraventor entregou o passaporte dele na 11ª Vara da Justiça Federal.
A entrega do passaporte havia sido determinada pelo juiz Alderico Rocha Santos, responsável pelo caso, ao acolher, em parte, um pedido do Ministério Público Federal (MPF-GO). Cachoeira também não pode sair da cidade sem a autorização da Justiça e está proibido de deixar o país.
Cachoeira é alvo de uma segunda denúncia do MPF, relacionada às investigações da Operação Monte Carlo. A ação da PF resultou na prisão, no dia 29 de fevereiro deste ano, do homem apontado como o chefe de uma quadrilha que explorava jogos ilegais em Goiás e no Distrito Federal.
Após quase nove meses preso, o contraventor deixou o complexo penitenciário da Papuda, na madrugada da última quarta-feira (21). Condenado pela juíza da 5ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça do Distrito Federal a cinco anos de prisão em regime semiaberto pelos crimes de formação de quadrilha e tráfico de influência, por tentar fraudar o sistema de bilhetagem do transporte público de Brasília, ele foi solto porque tem o direito de recorrer da decisão em liberdade até o trânsito em julgado da ação (quando não há mais possibilidade de recurso).
Mãe de Cachoeira morreu em abril deste ano, enquanto ele estava preso (Foto: André Borges/Folhapress)
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