Lusa
IMAGEM NASA
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O degelo da Gronelândia e da Antárctida contribuiu
para uma subida de 11,1 milímetros nos níveis do mar desde 1992, um
quinto da subida total do mar no mesmo período, indica um estudo hoje
divulgado.
O estudo fornece as provas mais claras até hoje das perdas de massa nas camadas de gelo polar, escreveu a revista científica Science, numa altura em que representantes de 194 países estão reunidos em Doha na 18.ª Conferência anual da ONU sobre Alterações Climáticas.
Apoiados pelas agências espaciais norte-americana (NASA) e europeia (ESA), 47 cientistas de 26 laboratórios reuniram dados de dez missões de satélite e produziram "a primeira medição consistente das mudanças nas camadas de gelo polar", acrescentou.
Este estudo, escreveu ainda a Science, põe fim a 20 anos de incerteza sobre a extensão do degelo nos pólos.
Liderados por Andrew Shepherd, da Universidade de Leeds, e por Erik Ivins, do Laboratório de Propulsão a Jacto da NASA, os investigadores concluíram que todas as grandes regiões das camadas de gelo polar excepto uma perderam massa desde 1992: enquanto a Gronelândia, a Antárctida ocidental e a península da Antárctida perderam massa, apenas a Antárctida Oriental ganhou massa, embora esse ganho não chegue para compensar as perdas no resto da região.
No total, as perdas de massa das camadas de gelo polares contribuíram para o aumento do nível do mar em 11,1 milímetros desde 1992, o que em média representa 20% das perdas nesse período.
No entanto, as perdas não foram homogéneas. Cerca de dois terços das perdas de gelo polar ocorreram na Gronelândia e o restante terço na Antárctida.
"Isto permite fazer uma avaliação mais rigorosa sobre que parte das camadas de gelo é motivo de preocupação (...) É hoje claro que a Gronelândia é um problema para o futuro", afirmou Andrew Shepherd numa teleconferência de imprensa, quando questionado sobre o que os negociadores reunidos em Doha podem retirar deste estudo.
O estudo mostrou ainda que a taxa de degelo tem vindo a aumentar e, no total, a Gronelândia e a Antárctida estão hoje a perder três vezes mais gelo (equivalente a 0,95 milímetros de subida do nível do mar por ano) do que perdiam nos anos 1990 (equivalente a 0,27 mm).
Os cientistas detectaram também diferenças na velocidade das mudanças em cada um dos pólos.
"A taxa de perda de gelo na Gronelândia aumentou quase cinco vezes desde meados dos anos 1990. Em contraste, apesar de as mudanças regionais no gelo da Antártida serem por vezes impressionantes, o resultado global foi mais constante - pelo menos com as medições de satélite a que temos acesso", afirmou Erik Ivins.
Os investigadores reconciliaram as diferenças entre dezenas de estudos anteriores sobre as camadas de gelo através do uso cuidado de períodos e áreas de estudo coincidentes e da combinação de medições recolhidas por diferentes tipos de satélites.
Num comentário publicado também pela Science, o climatólogo Richard Alley da Penn State University, que não esteve envolvido no estudo, considerou a investigação "uma conquista espectacular".
"A informação (...) vai levar a uma melhor compreensão de como as mudanças no nível do mar podem depender das decisões humanas que influenciam as temperaturas globais".
O estudo fornece as provas mais claras até hoje das perdas de massa nas camadas de gelo polar, escreveu a revista científica Science, numa altura em que representantes de 194 países estão reunidos em Doha na 18.ª Conferência anual da ONU sobre Alterações Climáticas.
Apoiados pelas agências espaciais norte-americana (NASA) e europeia (ESA), 47 cientistas de 26 laboratórios reuniram dados de dez missões de satélite e produziram "a primeira medição consistente das mudanças nas camadas de gelo polar", acrescentou.
Este estudo, escreveu ainda a Science, põe fim a 20 anos de incerteza sobre a extensão do degelo nos pólos.
Liderados por Andrew Shepherd, da Universidade de Leeds, e por Erik Ivins, do Laboratório de Propulsão a Jacto da NASA, os investigadores concluíram que todas as grandes regiões das camadas de gelo polar excepto uma perderam massa desde 1992: enquanto a Gronelândia, a Antárctida ocidental e a península da Antárctida perderam massa, apenas a Antárctida Oriental ganhou massa, embora esse ganho não chegue para compensar as perdas no resto da região.
No total, as perdas de massa das camadas de gelo polares contribuíram para o aumento do nível do mar em 11,1 milímetros desde 1992, o que em média representa 20% das perdas nesse período.
No entanto, as perdas não foram homogéneas. Cerca de dois terços das perdas de gelo polar ocorreram na Gronelândia e o restante terço na Antárctida.
"Isto permite fazer uma avaliação mais rigorosa sobre que parte das camadas de gelo é motivo de preocupação (...) É hoje claro que a Gronelândia é um problema para o futuro", afirmou Andrew Shepherd numa teleconferência de imprensa, quando questionado sobre o que os negociadores reunidos em Doha podem retirar deste estudo.
O estudo mostrou ainda que a taxa de degelo tem vindo a aumentar e, no total, a Gronelândia e a Antárctida estão hoje a perder três vezes mais gelo (equivalente a 0,95 milímetros de subida do nível do mar por ano) do que perdiam nos anos 1990 (equivalente a 0,27 mm).
Os cientistas detectaram também diferenças na velocidade das mudanças em cada um dos pólos.
"A taxa de perda de gelo na Gronelândia aumentou quase cinco vezes desde meados dos anos 1990. Em contraste, apesar de as mudanças regionais no gelo da Antártida serem por vezes impressionantes, o resultado global foi mais constante - pelo menos com as medições de satélite a que temos acesso", afirmou Erik Ivins.
Os investigadores reconciliaram as diferenças entre dezenas de estudos anteriores sobre as camadas de gelo através do uso cuidado de períodos e áreas de estudo coincidentes e da combinação de medições recolhidas por diferentes tipos de satélites.
Num comentário publicado também pela Science, o climatólogo Richard Alley da Penn State University, que não esteve envolvido no estudo, considerou a investigação "uma conquista espectacular".
"A informação (...) vai levar a uma melhor compreensão de como as mudanças no nível do mar podem depender das decisões humanas que influenciam as temperaturas globais".
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