sábado, 23 de novembro de 2013

EUA lembram 50 anos da morte de JFK com eventos em todo o país

EUA lembram 50 anos da morte de JFK com eventos em todo o país

EUA lembram 50 anos da morte de JFK com eventos em todo o país

Minutos de silêncio por todo o país e uma cerimónia em Dallas onde os sinos da cidade anunciarão a ocasião: os Estados Unidos lembram esta sexta-feira a morte de John F. Kennedy, assassinado há 50 anos.

Às 12:30 (18:30 em Lisboa), um minuto de silêncio acompanhado pelo som dos sinos das igrejas de Dallas, no Texas, deve marcar o instante exacto em que o 35º presidente dos Estados Unidos foi baleado, a 22 de Novembro de 1963, por Lee Harvey Oswald, segundo a investigação oficial da Comissão Warren.
Oswald, um simpatizante comunista de 24 anos, foi morto dois dias depois por Jack Ruby, dono de uma boate em Dallas. A sua morte cobriu ainda mais de mistério as circunstâncias do atentado que chocou o mundo.
O presidente norte-americano, Barack Obama, proclamou o 22 de Novembro «Dia da Lembrança do presidente John F. Kennedy», e apelou aos cidadãos para colocarem bandeiras nas janelas das suas casas e empresas para «chorar a perda de um servidor de Estado extraordinário, visionário, sábio e idealista».
O «mito Kennedy» - eternamente jovem, bonito e vanguardista - continua intacto no coração dos norte-americanos mesmo após um século.
Três quartos da população do país colocam JFK no topo da lista dos líderes norte-americanos modernos que entrarão para a História como «notáveis» - antes de Ronald Reagan e Bill Clinton - segundo uma sondagem realizada pelo instituto Gallup, realizada na semana passada.
John F. Kennedy, filho de uma família rica e influente de Boston, foi o mais jovem presidente eleito e o primeiro católico, encarnando uma era cheia de esperanças para a geração do Pós-Guerra.
Do seu mandato tragicamente interrompido, a História recorda-se do seu braço de ferro com a União Soviética durante a «Crise dos Mísseis», o vexame da Baía dos Porcos, o desembarque fracassado de anti-castristas em Cuba e o lançamento do programa Apollo, que levou um norte-americano à Lua.
O seu «Ich bin ein Berliner» («Eu sou um berlinense», em alemão) numa Berlim então dividida entre Leste e Oeste foi marcante e ainda hoje é lembrado.
A frase «Não perguntes o que o teu país pode fazer por ti, mas o que tu podes fazer pelo teu país», dita durante a sua posse, entrou para a memória mundial, e está imortalizada numa placa perto do seu túmulo, visitado anualmente por cerca de 3 milhões de pessoas, no cemitério de Arlington.
O mito ganhou ainda mais fascínio por levar para a Casa Branca, com a mulher «perfeita» Jackie - jovem, bonita e chique - e filhos pequenos brincando no Salão Oval.
O momento do anúncio da morte do presidente e a imagem de Jackie, vestida num tailleur Chanel cor-de-rosa, no momento do seu assassínio, fazem parte do imaginário colectivo.
Dallas - conhecida como «cidade do ódio» devido ao atentado - realizará uma cerimónia sóbria de uma hora em Dealey Plaza, com leitura de trechos de discursos de Kennedy, preces e apresentações musicais da banda da Marinha, o corpo militar do presidente. Aviões militares devem sobrevoar a cidade.
Uma missa deverá ocorrer na catedral de São Mateus, em Washington, enquanto uma reconstituição no Newseum, o Museu da Imprensa, «em tempo real», mostrará a cobertura televisiva do assassínio.
Todos os locais que têm a marca Kennedy organizaram algum evento para lembrar a data. Haverá minutos de silêncio e música na biblioteca presidencial JFK Library, de Boston; missas e bandeiras negras no museu JFK de Hyannis, local onde a família presidencial passava férias; e orações na universidade JFK, de Pleasant Hill, na Califórnia.
Um ramo de flores deverá ser colocado perto do seu busto no Kennedy Center, grande sala de espectáculos da capital, antes de um minuto de silêncio.
O presidente Barack Obama depositou uma coroa de flores azuis e brancas no túmulo do seu antecessor. Algumas horas depois, durante uma cerimónia, saudou «o idealismo sóbrio e confiante em si mesmo» de JFK que « lembra que o poder de mudar o país pertence a nós mesmos».
Há algumas semanas, dezenas de livros, filmes e documentários têm sendo publicados e lançados nos Estados Unidos para explorar o mito em todas as suas facetas.

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