Ataque à bomba contra edifício do governo mata ao menos 31 na Síria
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Um ataque à bomba contra um edifício do governo da Síria, no subúrbio de Damasco, matou pelo menos 31 pessoas neste domingo (17), segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH), com base em Londres. Quatro generais estariam entre os mortos, segundo o grupo. Acredita-se que os explosivos tenham sido colocados no porão, indicando que as forças da oposição conseguiram furar o bloqueio da segurança e entrar no edifício. Rami Abdulrahman, chefe do OSDH, disse que o edifício, em Harasta, foi completamente destruído pela explosão. "Apenas os funcionários da noite estavam no prédio. Se a bomba tivesse explodido uma hora antes, haveria até 200 mortos", disse. O ataque não foi confirmado pela mídia estatal ou por funcionários do governo. Houve escalada na violência em Damasco recentemente, com intensificação dos conflitos entre forças do governo e rebeldes nos subúrbios. Três pessoas foram mortas na quinta-feira por explosões de bombas e morteiros perto do parte histórica de Damasco. Na segunda-feira, o motorista de um ônibus escolar e quatro crianças morreram quando um morteiro atingiu o veículo. O porta-voz do grupo rebelde Conselho Militar de Damasco, Musab Abu Qatada, explicou que o responsável pelo ataque foi a Dera al-Asima, que executou uma operação planejada há dez dias. Os rebeldes divulgaram pela internet um vídeo que mostra o momento em que o edifício, de cinco andares, voa pelos ares até ficar reduzido a escombros por uma potente explosão. "Trata-se de uma operação do Exército Livre Sírio contra a administração de veículos militares do quartel de Harasta. Foi executada pela brigada Dera al-Asima", assinalou Abu Qatada. Mais de 100 mil pessoas já morreram na guerra civil que se iniciou há dois anos e meio, quando as forças leais ao ditador Bashar al-Assad atiraram contra manifestantes que reivindicavam o fim da dinastia Assad no poder. Nas últimas semanas, o exército e milícias pró-Assad ganharam terreno no norte e os rebeldes têm recorrido a ataques com bombas e morteiros no território sob controle do governo, incluindo Damasco.