sexta-feira, 29 de julho de 2011

MP denuncia 34 pessoas por desvio de verbas do Natal Luz de Gramado


Polícia apreendeu documentos para apurar suposta corrupção em evento.
Conforme MP, os pagamentos irregulares chegaram a R$ 7,8 milhões.

Do G1, em São Paulo
Documentos foram apreendidos em operação do Ministério Público nesta sexta. (Foto: Reprodução/RBSTV)Documentos foram apreendidos em operação do
Ministério Público nesta sexta-feira.
(Foto: Reprodução/RBSTV)
O Ministério Público do Rio Grande do Sul denunciou à Justiça 34 pessoas ligadas à organização e promoção do Natal Luz de Gramado, na quinta-feira (28). De acordo com o órgão, elas são suspeitas de envolvimento no desvio de R$ 7,8 milhões em recursos que seriam usados no evento entre 2007 e 2010.
Entre os suspeitos de envolvimento estão empresários, além do ex-prefeito de Gramado Pedro Bortolucci, que nega as acusações através da assessoria de imprensa. O atual prefeito de Gramado, Nestor Tissot, também é suspeito de envolvimento no desvio de verbas, segundo o MP.
Em entrevista coletiva nesta sexta-feira (29), ele afirmou que espera que tudo seja esclarecido. “As prestações de contas estão na nossa contabilidade, que foi inclusive examinada pelo próprio Tribunal de Contas. Estou muito tranquilo, mas muito entristecido com esses fatos, que colocam a nossa pessoa nesse grau de envolvimento dessa maneira”, afirmou.
Sobre os valores repassados pelo município para o Natal Luz, o prefeito afirmou que neste ano não houve repasse. "No ano passado. nosso convênio representou menos de 1% do orçamento total do evento, sendo que todos os valores repassados estão com a prestação de contas apresentada em nossa contabilidade e aprovada pelo Tribunal de Contas do Estado."
Na manhã desta sexta-feira, com apoio da Brigada Militar e da Polícia Civil, o MP cumpriu mandados de mandados de busca e apreensão de documentos para investigar o suposto esquema de corrupção. Foram apreendidos livros de contabilidade, notas fiscais, arquivos de computadores, planilhas e outros documentos relacionados à organização do Natal Luz que irão ajudar na investigação.
De acordo com o promotor de Justiça Regional de combate à improbidade e corrupção, Adrio Gelatti, foi possível identificar pagamentos ilegais que chegam a R$ 7,8 milhões, referentes a contas do festival entre os anos de 2007 a 2010. Além disso, também foi apurado que administradores da prefeitura aplicaram verbas no evento de forma irregular nos valores de R$ 500 mil, cada um.
“Isso será objeto de ação civil pública a ser ajuizada pelo Ministério Público”, afirmou Gelatti.

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