domingo, 31 de julho de 2011

Corpo de um dos brasileiros mortos no Peru não embarca para o Brasil


Restos mortais de Mário Guedes desembarcaram no Rio neste domingo.
Corpo de Mário Bittencourt deve chegar ao país na madrugada de segunda.

G1

O corpo do engenheiro mineiro Mário Augusto Soares Bittencourt, morto no Norte do Peru, deve chegar na madrugada desta segunda-feira (1º) no Brasil. A previsão era que o traslado dos dois corpos do engenheiros mortos naquele país era que chegassem neste domingo (31), mas somente os restos mortais do paulista Mário Gramani Guedes foram desembarcados no Rio de Janeiro.
De acordo com o irmão de Bittencourt, Cláudio Bittencourt, um problema no embarque impediu a vinda do corpo de Mário no mesmo voo que levou Guedes para o Brasil. Segundo a nota enviada pela Leme Engenharia, a companhia aérea alegou problemas operacionais para o atraso no transporte do corpo de Bittencourt. Ainda de acordo com a nota, a previsão é que o corpo do mineiro chegue ao Rio de Janeiro às 4h50 de segunda-feira (1º).
Os restos mortais do paulista Mário Guedes estavam a caminho de São Paulo, segundo informou a empresa na nota enviada às 14h11 deste domingo (31), onde vai ser enterrado. O corpo de Bittencourt, segundo o irmão, será enterrado no Cemitério Parque da Colina, em Belo Horizonte, mas ainda sem hora confirmada.
Após dois dias desaparecidos, os corpos dos engenheiros foram encontrados na Região de Jaén, no Norte do Peru a 800 quilômetros de Lima. A empresa informou que contratou um perito para examinar os corpos e coletar material para análise suplementar no Brasil. Os resultados preliminares, divulgados pela perícia peruana na quinta-feira (28), não esclareceram o que matou os brasileiros e sinais de violência não foram identificados. O engenheiro Mário Bittencourt e o geólogo Mário Guedes estavam realizando um trabalho de estudo. Após se distanciarem da equipe em um levantamento de campo, eles foram dados como desaparecidos.
Causas da morte
Familiares de Mário Gramani Guedes e Mário Augusto Soares Bittencourt ainda procuram respostas para o ocorrido e contestam a primeira versão da polícia peruana, de que os dois teriam sofrido hipotermia. "A região não era tão fria e estava apenas a 800 metros do nível do mar, não justifica uma hipotermia”, diz o sobrinho de Mario Bittencourt, Felipe Bittencourt.
Ainda de acordo com o sobrinho, um diplomata foi ao local onde os corpos foram encontrados e relatou que a trilha não era fechada, o que, para a família, contradiz a idéia que eles tenham se perdido na região. “Provavelmente este caso irá ficar sem explicação”, lamenta o sobrinho. Os resultados preliminares divulgados pela perícia peruana não esclareceram o que matou os brasileiros e sinais de violência não foram identificados.
De acordo com Felipe, alguns jornais locais do Peru noticiaram que os brasileiros poderiam ter sido mortos por campesinos peruanos contrários a construção de uma hidrelétrica. “Essa possibilidade provavelmente será levada em conta no inquérito policial”, diz.

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