terça-feira, 19 de julho de 2011

Seleção de peladeiros ou peladeiros na seleção.

Peladeiros do Aterro do Flamengo mostram o segredo para driblar campo esburacado e bater pênalti
Gramado ruim? Buraco? Areia? Nada disso! Nos campos de pelada do Rio, as desculpas dos jogadores da Seleção Brasileira para os quatro pênaltis perdidos contra o Paraguai são papo furado. No dia seguinte à eliminação da Copa América, o mico era motivo de indignação e piada no Aterro do Flamengo.
"O problema desses jogadores é que cresceram jogando bola no play, em campinho do clubinho. Hoje não existe mais o jogador peladeiro, que cresceu jogando em ‘rala-coco'", disse o estudante Yago Gomes, de 17 anos, que joga sempre nos campos do Aterro - onde, apesar das reformas recentes, já surgem alguns problemas na grama sintética - e faz um desafio: "Eles querem falar de buraco? Então vem aqui ver como é!".
Já para Lucas Reis, o motivo do mico é outro: "A maioria bateu o pênalti olhando para a bola. Pô, eu não sou profissional, mas sei que se tem que olhar para o goleiro para ver em que canto chutar. Podem falar o que for do Ronaldinho Gaúcho, mas alguém já o viu batendo olhando para a bola? Um craque sabe o que faz".
Já Sandro Moretti, o goleiro da pelada, acredita que Elano, Thiago Silva, André Santos e Fred foram vítimas do ‘salto-alto' . "Os paraguaios encheram o pé e fuzilaram Julio Cesar. Os brasileiros quiserem bater bonitinho, foram educadinhos com a bola. Decisão é pra meter o pé, por isso paraguaios e uruguaios se classificaram", analisou Moretti, sem deixar de alfinetar a Argentina, também eliminada nos pênaltis, sábado, quando Carlitos Tevez teve sua cobrança defendida pelo goleiro uruguaio Muslera.
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Para não deixar qualquer dúvida aos jogadores da Seleção Brasileira, os peladeiros dão algumas dicas de como se bater com buraco. "O ideal é bater rasteiro e no canto. Se você viu que o campo tem buraco não bata no alto que a tendência é subir mais. O problema é que jogador não entende de física", provocou o estudante Gabriel Moreira, craque na escola também.
Já para Bismarck Rezende, os brasileiros deveriam copiar o estilo do alvinegro Loco Abreu: "Deveriam ter batido com a cavadinha".

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