sexta-feira, 22 de julho de 2011

Projeto parado de abrigos faz SP perder R$ 200 mi

AE - Agência Estado
Mesmo com uma base de apoio de 40 dos 55 vereadores dando aval às suas mais polêmicas propostas, o prefeito Gilberto Kassab (sem partido) não tentou aprovar um projeto que, além de interromper o principal contrato da Egypt, poderia render R$ 200 milhões anuais aos cofres públicos. Trata-se da concessão do mobiliário urbano, que, caso tivesse sido aprovada assim que começou a tramitar, faria a empresa da prima de Marcelo Branco deixar de faturar R$ 19,4 milhões da prefeitura.
O projeto do mobiliário urbano prevê que empresas possam vender espaço publicitário de abrigos de ônibus e relógios de rua em troca de fazer sua manutenção e pagar R$ 200 milhões por ano à prefeitura. Mas, para valer, precisa ser aprovado pela Câmara Municipal. Enquanto isso não ocorre, a prefeitura paga para a Egypt manter os abrigos.
A proposta da concessão foi apresentada pela primeira vez em 2007, mas só foi protocolada no Legislativo três anos depois. Ficou parada até o início deste ano, quando foi aprovada em primeira votação. Mas, para ir à sanção do prefeito, precisa passar ainda por uma segunda votação, que foi bloqueada pelo vereador Roberto Trípoli (PV), líder de governo de Kassab. O parlamentar retirou o projeto três vezes da pauta de votações. Mas ele nega ter sofrido pressão do Executivo para segurar a proposta.
"O prefeito queria que o texto fosse votado. Quem não quis votar o mobiliário fui eu. Fui um dos autores da Lei Cidade Limpa e qualquer flexibilização na publicidade da cidade precisa ser muito bem debatida", argumentou, prometendo que "a segunda discussão vai ocorrer no segundo semestre".
Kassab, por sua vez, afirmou que não interfere no trabalho da Câmara. "Sou um prefeito diferente. Não uso de minoria ou maioria para aprovar projetos. Apresento os projetos e aqueles que eles entendem que são bons para a cidade são aprovados", declarou. Ele disse que é importante discutir o texto à exaustão, mas prometeu que agora vai se esforçar para que a proposta seja votada. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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