sexta-feira, 8 de julho de 2011

PMs suspeitos no caso Juan participam de reconstituição em Nova Iguaçu

Começou, por volta das 22h desta sexta-feira (8) na comunidade Danon, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, a segunda parte da reconstituição do caso da morte do menino Juan Moraes, de 11 anos. Participam dos trabalhos sete policiais militares, entre eles os quatro policiais envolvidos diretamente na operação do Batalhão de Mesquita (20º BPM) no último dia 20, e os três auxiliares. O corpo de Juan foi encontrado no último dia 30, no rio Botas, em Belford Roxo, na Baixada Fluminense.

Antes do início da reconstituição, o advogado dos policiais suspeitos, Edson Ferreira, informou que seus clientes eram inocentes.

A primeira parte da reconstituição teve início no final da manhã desta sexta-feira, também na comunidade Danon. A Polícia Civil do Rio de Janeiro informou que Wanderson dos Santos de Assis, de 19 anos, amigo de Juan, participou da reconstituição. Os peritos tiraram fotografias e fizeram marcações para encontrar os posicionamentos dos envolvidos no tiroteio. Segundo o Diretor de Polícia Técnica, delegado Sérgio Henriques, esta etapa foi concluída durante o dia, por causa da luminosidade.

Cerca de 60 pessoas participam dos trabalhos, entre testemunhas, representantes do Ministério Público, peritos e policiais.

Enterro sigiloso

O corpo de Juan foi enterrado às 19h30 de quinta-feira (7), no Cemitério Central de Nova Iguaçu, na baixada. O sepultamento contou com forte aparato de segurança. Inicialmente, o enterro estava marcado para as 9h desta sexta-feira, no Cemitério Jardim da Saudade, em Mesquita.

A Secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos informou que, por motivos de segurança da família, o enterro do menino foi antecipado. Estiveram presentes a mãe de Juan, Rosinéia Maria Moraes, o pai, Alexandre da Silva Neves, e cerca de vinte pessoas. Os custos do funeral ficaram a cargo da secretaria e a família já voltou para local sigiloso.

Causas da morte

Segundo o diretor do Departamento de Polícia Técnica da Polícia Civil, delegado Sérgio Henriques, não foi possível determinar a causa da morte de Juan. O laudo do exame cadavérico não apontou sinais de fratura ou perfuração por tiro na ossada da criança.

Segundo testemunhas, Juan foi baleado no pescoço. Apesar de a perícia não conseguir determinar a parte do corpo em que o menino teria sido baleado, o fato de não haver fratura pode indicar que Juan tenha mesmo sido ferido no pescoço, uma vez que se trata de uma região com mais músculos e menos ossos.

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