sexta-feira, 8 de julho de 2011

Ocupações irregulares flagradas em São Sebastião

estadao.com.br
Cena de faroeste no litoral paulista: ao tentar demolir uma construção irregular na Vila Esquimó, no bairro de Juquehy em São Sebastião, dois fiscais da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, juntamente com três policiais da guarda civil municipal e dois trabalhadores braçais, são ameaçados por moradores locais. Erguida em área de Mata Atlântica ocupada irregularmente, a casa já tinha quatro paredes, mas estava ainda sem teto. Depois de conseguirem derrubar três das paredes, os funcionários da prefeitura foram obrigados a deixar o local, à beira de BR 101, fechada pelos moradores da comunidade durante uma hora entre o final da manhã e o início da tarde desta sexta-feira, 8.

Antes e depois: nas imagens, ocupação irregular aumenta no bairro de Camburi, em São Sebastião (SP)

Segundo o secretário de Meio Ambienbte de São Sebastião, Eduardo Hipólito, o local era um ponto de venda de drogas. "Comunitários ameaçaram verbalmente e fotografaram os nossos fiscais, dizendo que iriam 'atrás' deles depois", afirma Hipólito, para quem as ocupações irregulares são um fenômeno social que se observa em todo o litoral próximo ao município, desde Angra dos Reis (RJ) até Bertioga (SP). "Cidades como São Sebastião são muito afetadas, porque geralmente são municípios longos, servidos por uma única avenida principal, que é a rodovia, e isso os torna bastante vulneráveis a ocupações". Hipólito diz que é comum as comunidades se "fecharem" diante da iminência de demolição de barracos, mas que ameaças como a que ocorreu nesta sexta são novidade.
O problema das invasões nos bairros da costa sul de São Sebastião - que abriga os balneários localizados entre Boracéa e Baraqueçaba, incluindo praias como Baleia, Camburi, Maresias e Barra do Sahy - vem sendo monitorado de perto pela Federação Pró Costa Atlântica, ONG que reúne as associações de amigos de bairro da região. "Há um ano e meio contratamos um fotógrafo e piloto de parapente para monitorar os desmatamentos, as construções ilegais e as construções de terceiro andar, proibidas pelo Código de Obras do município", explica Marcelo Ramalho,  vice-presidente da Federação. O piloto voa duas vezes ao mês e, segundo Ramalho, as fotos comprovam que a ocupação vem crescendo de maneira assustadora.

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