sábado, 9 de julho de 2011

José Dirceu subornava (o que não é novidade na política) parlamentares federais, acusa procurador Roberto Gurgel


Procurador-geral, que excluiu dois réus, espera julgamento ainda este ano

Após manter a acusação contra 36 dos 40 réus iniciais do processo do mensalão do PT — o principal escândalo de corrupção do governo Lula, que veio a público em 2005 —, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, espera agora que o caso vá a julgamento ainda em 2011. Na sexta-feira, em Roraima, ele disse que o ex-chefe da Casa Civil José Dirceu comandou o mensalão.

A decisão de Gurgel retirou as acusações contra Luiz Gushiken, ex-ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência. Na sexta, o procurador-geral disse que excluirá também Antônio Lamas, ex-assessor do deputado Valdemar Costa Neto (PR-SP).

Conforme o procurador, Gushiken e Lamas foram excluídos por ausência de provas. Em relação a Dirceu, Gurgel fez duras críticas.

— Mais do que uma demanda momentânea, o objetivo era fortalecer um projeto de poder do Partido dos Trabalhadores de longo prazo. Partindo de uma visão pragmática, que sempre marcou a sua biografia, José Dirceu resolveu subornar parlamentares federais, tendo como alvos preferenciais dirigentes partidários — disse Gurgel.

Se os argumentos do procurador-geral forem aceitos, Dirceu, o ex-deputado José Genoino e o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares poderão ser condenados, cada um, a penas de cerca de 100 anos de prisão cada um.

No documento entregue ao STF, Gurgel acusa os réus de terem praticado vários crimes por diversas vezes. No caso de Costa Neto — também suspeito de envolvimento em um esquema de corrupção no Ministério dos Transportes — o procurador sustenta que ele cometeu 41 vezes lavagem de dinheiro.

Para Dirceu, “as acusações não trazem qualquer prova material ou testemunhal”, sendo “meras ilações”.

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