Prefeito é acusado de ordenar ataque a jovens desaparecidos no México
G1
Foto: (Foto: Jesus Guerrero/AFP)
Fachada da prefeitura de Iguala, no México, após manifestantes colocarem fogo
A Procuradoria Geral mexicana acusou
nesta quarta-feira (22) o prefeito de Iguala (sul do país), que está
foragido, de ter ordenado o ataque a tiros por parte da polícia
municipal contra dezenas de estudantes na noite de 26 de setembro.
Pelo menos seis jovens foram mortos, e 43 estão desaparecidos.
"Foram solicitadas ordens de busca e apreensão contra o prefeito de Iguala (José Luis Abarca), sua mulher (María de los Ángeles Pineda) e seu secretário de Segurança Pública, na qualidade de prováveis responsáveis como autores intelectuais dos fatos acontecidos em Iguala", afirmou o procurador geral Jesús Murillo Karam, em entrevista coletiva na capital mexicana.
Esta é a primeira vez que a Procuradoria Geral aponta os supostos autores intelectuais desse crime que chocou o México e o mundo. Pelo menos 52 pessoas foram presas no âmbito dessa investigação.
Com base nos depoimentos dos detidos, o procurador afirmou que o prefeito José Luis Abarca deu a "ordem para enfrentar" os estudantes por medo de que sabotassem um evento público de sua mulher como diretora local de um órgão de Proteção à Infância.
A primeira-dama, María Pineda, é irmã de pelo menos três traficantes de drogas. Ela e o marido são ligados ao cartel local Guerreiros Unidos, acusado pela Procuradoria de envolvimento no sumiço dos estudantes.
Desde o desaparecimento desses jovens, nove fossas clandestinas foram encontradas em Iguala e nos arredores, com 30 corpos, informou o procurador.
A perícia declarou que 28 corpos não são dos estudantes, mas os resultados serão confirmados por legistas argentinos independentes. Os outros dois cadáveres continuam sendo analisados, acrescentou Murillo Karam.
Nesta quarta, manifestantes atearam fogo no prédio da prefeitura de Iguala durante um protesto pelo desaparecimento dos jovens.
Alguns dos milhares de professores e estudantes presentes no ato invadiram a prefeitura, que estava vazia, e puseram fogo no imóvel.
Situada no centro dessa cidade de 140 mil habitantes, a sede do Executivo de Iguala foi praticamente esvaziada na última quinta-feira, quando o Sindicato dos Professores de Guerrero e outras organizações sociais anunciaram que planejavam assumir o controle das 81 prefeituras da região.
Também nesta quarta, foi convocada uma nova jornada de protestos em nível nacional para exigir do governo de Enrique Peña Nieto que encontre os jovens vivos e que puna os responsáveis pelo crime.
Pelo menos seis jovens foram mortos, e 43 estão desaparecidos.
"Foram solicitadas ordens de busca e apreensão contra o prefeito de Iguala (José Luis Abarca), sua mulher (María de los Ángeles Pineda) e seu secretário de Segurança Pública, na qualidade de prováveis responsáveis como autores intelectuais dos fatos acontecidos em Iguala", afirmou o procurador geral Jesús Murillo Karam, em entrevista coletiva na capital mexicana.
Esta é a primeira vez que a Procuradoria Geral aponta os supostos autores intelectuais desse crime que chocou o México e o mundo. Pelo menos 52 pessoas foram presas no âmbito dessa investigação.
Com base nos depoimentos dos detidos, o procurador afirmou que o prefeito José Luis Abarca deu a "ordem para enfrentar" os estudantes por medo de que sabotassem um evento público de sua mulher como diretora local de um órgão de Proteção à Infância.
A primeira-dama, María Pineda, é irmã de pelo menos três traficantes de drogas. Ela e o marido são ligados ao cartel local Guerreiros Unidos, acusado pela Procuradoria de envolvimento no sumiço dos estudantes.
Desde o desaparecimento desses jovens, nove fossas clandestinas foram encontradas em Iguala e nos arredores, com 30 corpos, informou o procurador.
A perícia declarou que 28 corpos não são dos estudantes, mas os resultados serão confirmados por legistas argentinos independentes. Os outros dois cadáveres continuam sendo analisados, acrescentou Murillo Karam.
Nesta quarta, manifestantes atearam fogo no prédio da prefeitura de Iguala durante um protesto pelo desaparecimento dos jovens.
Alguns dos milhares de professores e estudantes presentes no ato invadiram a prefeitura, que estava vazia, e puseram fogo no imóvel.
Situada no centro dessa cidade de 140 mil habitantes, a sede do Executivo de Iguala foi praticamente esvaziada na última quinta-feira, quando o Sindicato dos Professores de Guerrero e outras organizações sociais anunciaram que planejavam assumir o controle das 81 prefeituras da região.
Também nesta quarta, foi convocada uma nova jornada de protestos em nível nacional para exigir do governo de Enrique Peña Nieto que encontre os jovens vivos e que puna os responsáveis pelo crime.
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