Seduc faz raio X da Educação no Pará
As avaliações medem o aprendizado,
identificando fatores socioeconômicos e culturais inerentes à realidade
do ensino no Pará. No site da Seduc (www.seduc.pa.gov.br), gestores,
professores, alunos e seus familiares, além de todos os envolvidos na
educação, podem acompanhar as ações previstas no SisPAE 2014.
Com metodologia mais rigorosa que a utilizada pelo
Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), o sistema paraense
mapeia cientificamente e revela os problemas que afligem a educação no
Estado. Os resultados de 2013 indicam que o desempenho em Língua
Portuguesa e Matemática precisa melhorar, tanto no Ensino Fundamental
quanto no Ensino Médio.
“O SisPAE, além de avaliar o processo
ensino-aprendizagem, propõe reflexões e análises pedagógicas dos
indicadores e resultados e referenda políticas de educação e ações
focadas na melhoria do desempenho dos estudantes do Ensino Fundamental e
Médio”, destaca o secretário de Estado de Educação, José Seixas
Lourenço. Para ele, a metodologia do SisPAE tem uma adicional
contribuição: “É capaz de relacionar o desempenho com o contexto
sociocultural dos alunos e educadores, ao caracterizar a educação
paraense, atribuindo-lhe identidades no currículo, nos planos escolares e
de gestão”.
Em 2013, a avaliação abrangeu 172 mil estudantes de
70 municípios, sendo 326.556 da 4ª e da 8ª séries do Ensino Fundamental e
das três séries do Ensino Médio. Em 2014, com a adesão de 141 dos 144
municípios paraenses ao sistema, a abrangência da avaliação será
ampliada, devendo atingir 1 milhão de alunos.
No SisPAE 2013, a principal constatação foi a de que a
proficiência em Língua Portuguesa de cerca de 70% dos alunos avaliados
está entre os padrões avançado e adequado. Os 30% restantes encontram-se
nos níveis básico e abaixo do básico, indicando habilidades ainda por
serem desenvolvidas. Esses resultados indicam que se precisa atuar
diretamente na apropriação do sistema de escrita, na capacidade de
interpretação, no estabelecimento de relação de causa e consequência e
no tratamento da informação textual.
Como
fatores internos e externos à escola interferem na aprendizagem é outra
vertente da avaliação do SisPAE. Por exemplo, o SisPAE 2013 indica que
“escolas onde o clima escolar é mais favorável ao aprendizado, onde os
atores se sentem mais satisfeitos e pertencentes, motivados e com um
melhor diálogo, os estudantes apresentam, em média, melhores resultados
na avaliação”.
O sistema prioriza a avaliação continuada e subsidia
dois campos de ação: o primeiro é a necessidade de ações voltadas para
que o estudante perceba-se e seja percebido pela sociedade em um
contexto de mudanças individuais e sociais a partir da escola; o segundo
é a relação entre proficiência e desempenho dos alunos com fatores
contextuais como: a sua condição socioeconômica, o clima escolar, a
gestão escolar, as atitudes e práticas pedagógicas, além das
expectativas e condições de atendimento delas.
Uma abordagem descentralizada e transparente da
gestão também contribui com o aprendizado e o Pará tem avançado como
pioneiro em eleição direta para diretor e vice-diretor de escolas
públicas estaduais, a partir da Lei Estadual 7.855, de 14 de maio de
2014, e, também, tem como prática de gestão a eleição de membros de
conselhos escolares.
“Será no SisPAE 2014 e 2015 e no Ideb 2015 que se
observará um desempenho melhorado e a elevação dos índices de
aprendizagem, como efeito de diversos projetos que compõem a abordagem
do Pacto pela Educação do Pará no enfrentamento de temas fundamentais,
como os que apontam o SisPAE. Alfabetização na Idade Certa, Aprender
Mais, Coordenação de Pais, além da metodologia Entre Jovens, do Estudar
Vale a Pena, do ProEnem e da Educação para o mundo do trabalho são
apenas algumas dessa iniciativas”, informa o secretário de Estado de
Educação do Pará, José Seixas Lourenço.
Nenhum comentário:
Postar um comentário