quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Descaso com a saúde pública

Pacientes esperam até 14 horas por atendimento na rede pública no DF

No HRT, reclamação também era pela falta de materiais médicos.
O G1 entrou em contato com a Secretaria de Saúde e aguarda retorno.

Do G1 DF
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O pronto-socorro do Hospital Regional do Guará (HRGu) ficou cheio na madrugada desta quarta-feira (23). Alguns pacientes só conseguiram atendimento 14 horas depois de fazer a ficha na recepção. No Hospital Regional de Taguatinga (HRT), também durante a madrugada, havia pessoas aguardando desde as 8h desta terça-feira.
O G1 entrou em contato com a Secretaria de Saúde e não recebeu retorno até a publicação desta reportagem.
O lavador José Irineu conseguiu ser examinado 14 horas depois de fazer a ficha no HRGu. Recebeu a informação de que o atendimento estava lento. “O que eles justificaram para todo mundo era que o médico estava devagar. Só isso”, contou. No quadro de escala havia dois clínicos de plantão.
O pintor Sebastião da Silva disse que chegou meia-noite ao Hospital do Guará. “Fiz a ficha da minha filha e vi as pessoas das 10h [de terça-feira] serem atendidas.” Idosos não receberam tratamento prioritário. “Fiquei mais de dez horas esperando”, informou uma senhora.
Na emergência do Hospital Regional de Taguatinga (HRT), depois de longa espera, algumas pessoas tiveram o procedimento interrompido por falta de material.
“O pessoal entrou para ser atendido com o pé quebrado e eles tiveram que sair para comprar gesso. Você paga hospital particular para ter isso. Agora ter que pagar o material no hospital do governo realmente é um absurdo”, opina a aposentada Adriana Alves.
A dona de casa Silmair Oliveira acompanhava o marido com o pé sangrando. Ela contou que o paciente não recebeu nem curativo. “O médico está aqui, mas disse que não tem como fazer.”
A recepção do pronto-socorro também estava cheia. Ninguém informou quantos médicos estavam de plantão.
A dona de casa Irisnéia Ribeiro foi orientada pelo médico a ir para casa, mesmo grávida de nove meses, com a bolsa rompida e sangrando. “Me mandaram ir embora, mesmo eu estando desse jeito. Não vou, tenho que ficar, não tenho condições de ir.”

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