segunda-feira, 9 de março de 2015

Rodoviários encerram greve em São Sebastião, Paranoá e Itapoã, no DF

Rodoviários encerram greve em São Sebastião, Paranoá e Itapoã, no DF

Trabalhadores de Santa Maria e Gama não aceitaram proposta da Pioneira.
Empresa diz que pagou tíquete e vai depositar salários nesta terça-feira (10).

Do G1 DF
Passageiros esperam ônibus em parada do Paranoá, na manhã desta segunda (9) (Foto: TV Globo/Reprodução)Passageiros esperam ônibus em parada do Paranoá, na manhã desta segunda (9)
(Foto: TV Globo/Reprodução)
Parte dos rodoviários da Pioneira aceitou a proposta da empresa de receber os salários de fevereiro nesta terça-feira (10) e encerrou a greve nas regiões de São Sebastião, Paranoá, Itapoã, Jardim Botânico e Lago Sul, no Distrito Federal. Os motoristas e cobradores de linhas que atendem Santa Maria, Gama, Candangolândia e Park Way permanecem parados até que o dinheiro caia na conta, informou o sindicato da categoria.
A Pioneira propôs aos rodoviários depositar o dinheiro aos trabalhadores nesta terça-feira (10). Segundo a empresa, todos os funcionários receberam o tíquete-alimentação nesta segunda. A categoria iniciou a greve na última sexta-feira (6), quando os salários de fevereiro deveriam ter sido pagos.

Segundo o diretor de imprensa do Sindicato dos Rodoviários, João Jesus de Oliveira, foram realizadas duas assembleias na tarde desta segunda. Os trabalhadores de Santa Maria e Gama, incluindo os que fazem a linha do Expresso DF, disseram que só retornam ao serviço quando o pagamento foi feito.

O diretor diz que as linhas que continuam paradas atendem cerca de 100 mil passageiros. "A assembleia decidiu não aceitar a proposta da Pioneira. Não vamos sair na noite desta segunda, nem na madrugada desta terça. Esperamos ver se o dinheiro cai na conta."

Motoristas têm salário-base de R$ 1.928 e cobradores, de R$ 1.008. O valor do tíquete-alimentação para ambos é de R$ 417.

imagem aérea da estação do Expresso DF no Gama (Foto: TV Globo/Reprodução)imagem aérea da estação do Expresso DF no Gama (Foto: TV Globo/Reprodução)
O GDF afirma que fez o repasse de R$ 3,56 milhões à Pioneira na última quarta (4). Segundo o governo, o valor é suficiente para pagar a folha salarial. Nesta segunda, o governador Rodrigo Rollemberg afirmou que vai cobrar da empresa o cumprimento do contrato.
"Estamos tomando providências para retomar o funcionamento. Nós pagamos as empresas, fizemos um pagamento igual para todas as empresas, estamos conversando com o responsável da Pioneira. Nós seremos muito duros em cobrar o cumprimento do contrato",
A Pioneira diz que o repasse do GDF não foi suficiente para pagar funcionários e fornecedores, que já recorreu a empréstimos e vendeu bens para saldar a dívida, mas que ainda não conseguiu sanar as finanças. A viação afirma que passa por crise por causa das dívidas com o GDF, relativas a 2014.
A Pioneira possui 640 ônibus e atende moradores do Itapoã, Paranoá, Jardim Botânico, Lago Sul, Candangolândia, Park Way, Santa Maria, Gama e São Sebastião. Ela também é responsável pela operação do Expresso DF, que liga Santa Maria e Gama ao Plano Piloto.
Na última sexta, o secretário de Mobilidade, Carlos Tomé, disse que que a greve de motoristas e cobradores deve ser resolvida entre a companhia e os empregados.. "O transporte opera em um sistema de concessão. É uma greve de rodoviários, que são funcionários das empresas. É uma relação entre empregador e empregado. Nós fazemos o repasse na véspera ou dias antes do vencimento dos funcionários justamente para que a empresa pague a folha salarial.”

Sem plano
O diretor do DFTrans, Clóvis Barbará, disse que o órgão ainda não definiu as ações para reduzir o impacto da greve para os passageiros. “Vamos fazer uma avaliação ao longo da tarde para ver o que faremos. Temos um plano de ação emergencial que permite trazer veículos de outras áreas. Vamos analisar as possibilidades e buscar outras soluções.”

O diretor afirma que a aplicação do plano de contingência exige recadastramento das frotas, emissão da ordem de serviço e outros detalhes operacionais, o que impediu que o remanejamento da frota fosse feito nesta sexta. “Vamos trabalhar nos próximos dias. São 600, 700 ônibus. Nós fomos pegos de surpresa, pois o GDF fez o repasse para as empresas”, diz Barbará.
Marechal
Rodoviários da empresa Marechal também começaram a sexta-feira de braços cruzados e cobrando o pagamento de fevereiro. Durante toda a manhã, cerca de 500 mil passageiros foram prejudicados pela paralisação das duas empresas.

Segundo a Marechal, o problema ocorreu porque o repasse do governo só caiu na conta no final do dia. Os pagamentos foram normalizados no fim da manhã e os rodoviários voltaram ao trabalho. A empresa tem 464 veículos e atende Ceilândia, Taguatinga, Vicente Pires, Águas Claras, Gama, Samambaia e Recanto das Emas.

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