PT tinha prerrogativa de indicar nome para presidir comissão na Câmara.
Candidatura avulsa de deputado do PSD provocou impasse.
Deputado Sóstenes Cavalcante (PSD-RJ) lançou candidatura avulsa na Comissão de Direitos Humanos (Foto: Fernanda Cagaro / G1)
Diante de um impasse com a bancada evangélica, a sessão da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados convocada para eleger o presidente do colegiado foi adiada nesta quarta-feira (4) para a próxima semana.
A polêmica se deu porque o PT tinha a prerrogativa de escolher o comando da comissão após um acordo entre os partidos com base no critério do tamanho das bancadas dentro da Câmara. O partido havia indicado o nome do deputado Paulo Pimenta (PT-RS).
No entanto, o deputado Sóstenes Cavalcante (PSD-RJ) se lançou como candidato avulso com o apoio de diversos parlamentares conhecidos pelas suas posições conservadoras, como Jair Bolsonaro (PP-RJ) e o Pastor Marco Feliciano (PSC-SP).
Apadrinhado político do pastor Silas Malafaia, Cavalcante está em seu primeiro mandato como deputado federal e também é pastor da Assembleia de Deus.
O deputado Assis do Couto (PT-PR), que presidia os trabalhos por ter sido o último a ocupar o posto, rejeitou a candidatura avulsa sob o argumento de que deveria ser respeitado o acordo entre os partidos.
“Eu indefiro a candidatura avulsa, respeitando a indicação oficial que é tirada com base na proporcionalidade”, afirmou Couto.
Houve protestos por parte da bancada evangélica. Couto decidiu, então, suspender a sessão por quase meia hora para que os partidos se entendessem. Como não se chegou a um consenso, ele preferiu convocar uma nova sessão para a próxima quarta-feira (11).
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