Calheiros fez a afirmação durante ato do PMDB, na Câmara, para
apresentar a proposta de reforma política do partido.
“Já votamos muita coisa de reforma política,
fizemos uma ampla, uma profunda reforma há 12 anos que tramitou
rapidamente no Senado e teve muita dificuldade para tramitar na Câmara
dos Deputados, mas faltou, sobretudo, nesses momentos, o protagonismo do
governo e o protagonismo do PT”, disse Calheiros.
Em meio aos
debates sobre o tema, na Câmara e no Senado, o PMDB apresentou uma
proposta que defende o fim da reeleição, com mandato de cinco anos e
mantém o financiamento de campanha por empresas.
A
proposta, entregue pelo presidente da Fundação Ulysses Guimarães,
Moreira Franco ao presidente nacional da legenda e vice-presidente da
República, Michel Temer, defende também a adoção do voto distrital puro,
o chamado distritão, com eleição dos candidatos com mais votos e o fim
das coligações nas eleições proporcionais, por exemplo.
Renan disse que as manifestações recentes “cobram” a votação de uma reforma política e que, como maior partido do país, o PMDB tem “legitimidade” para apresentar uma proposta. Ainda de acordo com o presidente do Senado, a Casa votará esta semana projetos “que dialogam com a reforma política”.
Segundo
ele, “o Senado está discutindo um a um os pontos dessa reforma”. O
parlamentar acrescentou que a proposta é concluir a votação da
desincompatibilização do candidato no Executivo, a seu ver “uma medida
profilática importante para desincompatibilizar do cargo aquele que
disputará a eleição”. Calheiros disse que colocará em votação, em
segundo turno, o projeto que põe fim nas coligações proporcionais.
Ele
destacou que pretende votar projetos que tratam do financiamento das
campanhas eleitorais. “Esse assunto é fonte de muitos problemas no país e
definitivamente precisa se resolvido”.Durante a solenidade, Calheiros
disse que aproveitará o fato de o partido comandar a Câmara e o Senado
para dar celeridade à votação dos projetos relacionados à reforma política que qualificou de “pauta expressa”.
“Com
a Presidência do Senado e da Câmara vamos poder estabelecer uma espécie
de pauta expressa de matérias que simultaneamente possam ser apreciadas
na Câmara e consequentemente apreciadas no Senado e vice e versa”,
disse.
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