O nível do
Sistema Cantareira, que permaneceu estável de segunda (2) até essa
sexta-feira (6) em 11,7%, voltou a subir neste fim de semana, apontam
dados da Companhia de Saneamento Básico de São Paulo (Sabesp). Hoje (8),
o reservatório, que abastece cerca de 6 milhões de pessoas na Grande
São Paulo, chegou a 12,3% da capacidade. Entre sábado e domingo, choveu
59,5 milímetros (mm) nas represas que formam o sistema. A média
pluviométrica para março é 178 mm.
Os demais reservatórios da região
metropolitana de São Paulo também registraram elevação neste domingo. O
maior acréscimo ocorreu no Guarapiranga, cujo nível passou de 64,2% para
67,7%. No Alto Cotia, as chuvas, que somaram quase 90 mm, contribuíram
para que a capacidade do sistema chegasse a 44,8%. O nível de
armazenamento alcançou 19,1% no Alto Tietê, um acréscimo de 0,3 ponto
percentual.
No Rio Grande, o volume armazenado
passou de 86,6% para 87,7%. Esse é o sistema com melhor situação na
região metropolitana. O Rio Claro foi o que menos subiu neste fim de
semana, registrou 0,1 ponto percentual. Ele chegou a 38,9% da
capacidade.
Na última sexta-feira, a Justiça Federal
limitou a retirada de água do Cantareira para que sejam preservados ao
menos 10% do volume útil original para a época de estiagem, que começa
em 30 de abril. A liminar da juíza substituta Renata Coelho Padilha
ratifica outra decisão provisória, de outubro do ano passado, da 3ª Vara
Federal em Piracicaba, mas que havia sido derrubada em recurso.
A Justiça determinou ainda que a Agência
Nacional de Águas (ANA) e o Departamento de Águas do Estado de São
Paulo (Daee) estipulem semanalmente metas de restrição para permitir a
recomposição dos níveis dos reservatórios. O objetivo é que em cinco
anos o Sistema Cantareira volte a 95% da capacidade.
Em nota, a Sabesp informou que, para os
reservatórios chegarem ao fim de abril com 10% da capacidade total, é
necessária uma vazão afluente média de 56 metros cúbicos por segundo
(m³/s) nas próximas semanas. A afluência média de 1º de janeiro a 5 de
março de 2015 foi 25m³/s. A empresa lembrou que já reduziu em 56% a
retirada de água do Cantareira e que ampliar as reduções implicariam
sacrifícios ainda maiores para a população.
O Daee informou que a Procuradoria-Geral do Estado vai recorrer da decisão.
Nenhum comentário:
Postar um comentário