sexta-feira, 27 de março de 2015

Avião cai na França – A polícia responsável por investigar Andreas Lubitz, o copiloto do Airbus A320 da Germanwings, afirma …

 Avião cai na França - Polícia fez descoberta relevante na casa de Andreas Lubitz

Avião cai na França – A polícia responsável por investigar Andreas Lubitz, o copiloto do Airbus A320 da Germanwings, afirma que pode ter encontrado informação relevante relativa ao alemão de 28 anos.
As autoridades estiveram durante o dia de ontem na residência do copiloto, nos arredores de Düsseldorf, para tentar encontrar pistas sobre o que poderá ter levado Andreas a ativar o botão para que o avião caísse na zona dos Alpes franceses, culminando na morte de 150 pessoas.
Segundo o The Mirror, a polícia revela ter feito “uma descoberta relevante”. Embora não elucidem do que trata, as autoridades garantem não ser qualquer bilhete suicida.
“Queríamos procurar algo que nos pudesse dar alguma pista sobre o que aconteceu. Encontrámos algo que será levado para teste. Não podemos revelar o que é por enquanto mas poderá ser uma pista muito importante para descobrirmos o que se passou”, afirmou Markus Niesczery, da Polícia de Düsseldorf.
Recorde-se que se concluiu, esta quinta-feira, que foi Andreas Lubitz que provocou a queda do Airbus A320, depois de o piloto do avião se ter ausentado do cockpit.

Andreas Lubitz ocultou baixa médica para dia do voo em que matou 150 pessoas

As autoridades alemãs encontraram vários atestados médicos rasgados na casa de Andreas Lubitz e afirmam que um deles cobria o dia em que Lubitz pilotou o avião da Germanwings e deliberadamente o despenhou contra os Alpes, matando as 150 pessoas a bordo, incluindo ele próprio.
Numa nota publicada nesta sexta-feira, os procuradores alemães dizem que foram recolhidas provas que indicam que Andreas Lubitz sofria de uma doença e que estava a tomar medicação para a tratar, não especificando, contudo, de que doença se tratava. Na casa de Lubitz não foi encontrada nenhuma nota de suicídio ou confissão.
“Foram encontrados documentos médicos que indicam a existência de uma doença e de tratamento médico apropriado”, lê-se no comunicado divulgado nesta sexta-feira.
De acordo com a polícia alemã, Lubitz terá escondido a doença de que sofria – e os atestados – da operadora aérea Germanwings, da sua empresa-mãe Lufthansa e dos seus colegas de trabalho. Ao início da tarde, a Germanwings confirmou isso mesmo: “Não houve nenhuma comunicação médica apresentada à empresa para esse dia.”
É pelo menos essa a informação transmitida no comunicado, traduzido do alemão: “Foram encontrados atestados médicos rasgados – também correspondentes ao dia do acto –, sustentando, depois de um exame preliminar, o pressuposto de que o falecido escondeu a sua doença ao empregador e círculos profissionais.”
A polícia parece afastar definitivamente a ideia de que Lubitz cometeu um acto terrorista, ou agiu de acordo com convicções religiosas e políticas. Algo que já fora contestado pelas autoridades francesas. As autoridades não encontraram “indicações de antecedentes políticos ou religiosos para o incidente”, lê-se no comunicado.
Parecem ganhar força as teses que apontam para que Lubitz sofresse de perturbações psiquiátricas. Estas informações começaram a surgir na quinta-feira, dia em que as autoridades francesas anunciaram que Lubitz se trancara no cockpit do Airbus e, ignorando os apelos do capitão e torres de controlo, deliberadamente manobrou o avião para que este embatesse nas montanhas.
Estas informações eram até ao momento atribuídas a fontes não identificadas a jornais alemães. As primeiras notícias foram publicadas em dois sites. Ambos sugeriram que Lubitz sofrera de “depressão” e “desgaste” em 2009, ano em que interrompeu – até agora sem explicação oficial – o curso de piloto na Lufthansa.
Uma das informações avançadas pela imprensa local alemã afirmava que Andreas Lubitz recebera tratamento para um caso de depressão no hospital de Düsseldorf. Uma informação que o hospital refutou, adiantanto, contudo, que Lubitz aí fora sujeito a uma “avaliação médica”, como escreve o diário britânico Guardian. Uma vez mais, não foram dados mais detalhes sobre que tipo de doença estaria em causa.
O relato dos procuradores alemães é até agora a única fonte oficial que sustenta a tese de que Lubitz sofria de uma doença que o podia impedir de pilotar um avião. Em todo o caso, os relatos que o associam a um historial de doenças psiquiátricas foram-se adensando ao longo desta sexta-feira.
Sobretudo devido a um relato do Bild. Este último cita um documento alegadamente enviado pelo Centro Aeromédico da Lufthansa ao regulador aéreo alemão em que se indicava que Andreas Lubitz sofrera de um “grave episódio depressivo” em 2009. A Lufthansa e os procuradores alemães recusaram-se a comentar a notícia do Bild.
Esta justificação parece preencher o vazio deixado pela Lufthansa na conferência de imprensa de quinta-feira. Ao descrever o percurso profissional do co-piloto, o CEO da operadora alemã referiu pela primeira vez que Lubitz interrompera o curso de piloto durante vários meses. Um ponto que concitou as atenções.
Algo que aconteceu um ano depois de ter começado o curso, em 2008. Mas Carsten Spohr disse desconhecer qual era a razão por trás desta interrupção. Uma das explicações avançadas era a de que a justificação estaria sob sigilo – o que aconteceria caso a paragem se tivesse devido a uma razão clínica.
Em todo o caso, se houve um ponto que o CEO da Lufthansa se esforçou por deixar claro durante a conferência de imprensa foi o de que Andreas Lubitz, tal como o resto dos pilotos da operadora, foi sujeito a vários testes, físicos e psicológicos. No caso do co-piloto, Spohr afirmou que este teria de ter justificado a ausência do curso e repetido os testes.
“Não posso dizer nada acerca das razões desta interrupção, mas disse-vos antes que se alguém interrompe o curso terá de fazer vários testes para que a competência e a condição física sejam avaliadas novamente”, afirmou Carsten Spohr na quinta-feira.
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