Categoria se juntou em manifestação às centrais sindicais que fazem ato em apoio à Petrobras
Os professores da rede estadual
de São Paulo decidiram nesta sexta-feira (13) entrar em greve por tempo
indeterminado, reivindicando mais empregos, melhores salários
e condições de trabalho, além de abastecimento de água para toda a
população. A decisão ocorreu em assembleia no Masp, na Avenida Paulista.
Segundo a Polícia Militar (PM), três mil professores se reuniam no
local. O Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São
Paulo (Apeoesp) fala em 10 mil.
Os profissionais pedem aumento de 75,33% para
equiparação salarial com as demais categorias com formação de nível
superior. Eles também dizem que a jornada do Piso Nacional dos
Professores não é aplicada no Estado.
A Secretaria de Educação do Estado se
manifestou por meio de nota: "apesar de considerar legítimo o direito à
manifestação, tem compromisso com a qualidade do ensino. Por isso,
orienta que todos os estudantes da rede estadual compareçam normalmente
às escolas na segunda-feira. A Pasta acredita que a decisão de um dos
sindicatos de professores, a Apeoesp, não representa os mais de 230 mil
professores da rede, que devem comparecer às aulas, de maneira
costumeira".
O governo de SP também se manifestou por meio
de nota e classificou o movimento como movimento como "essencialmente
político-partidário". "O governo do Estado de São Paulo lamenta a
decretação de uma greve na Educação decidida por um pequeno número de
pessoas, nem todas professores, em meio a uma manifestação de cunho
partidário e sem que tenha havido qualquer iniciativa de diálogo -- o
que caracteriza esse movimento como essencialmente político-partidário",
anunciou.
Os professores se juntaram aos integrantes da
CUT, CTB e MST que partiram da frente da Petrobras, também na Avenida
Paulista, em manifestação de apoio à estatal. De acordo com a PM, eles
somam 5 mil. As Centrais sindicais falam em 50 mil. A passeata
seguiu até a Praça da República, na região central de São Paulo, onde
foi encerrada.
Quando os manifestantes dos movimentos sociais
partiram em caminhada, por volta das 16h, começou uma chuva, que, no
entanto, não dispersou os participantes. O comerciantes baixaram as
portas das lojas na região dos protestos.
Pela Paulista, os manifestantes ligados às
centrais sindicais pedem antes de cada pronunciamento: "Senta a pua
nessa direita reacionária".
Outro
alvo dos manifestantes são os veículos de comunicação, chamados a todo
instante de "mídia golpista". "Eles querem esquartejar e vender a
Petrobras! Não admitimos o golpismo", gritou um dirigente do PCdoB,
partido da base aliada de Dilma.
Enquete: Onda de protestos
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