Lista de 54 nomes enviada ao STF por procurador tem cerca de 45 políticos
Rodrigo Janot pediu ao Supremo 28 inquéritos para investigar 54 pessoas.
Entre os nomes, estão os dos presidentes de Câmara e Senado, apurou JN.
Entre as suspeitas sobre esses políticos, há crimes como corrupção e lavagem de dinheiro, investigados na Operação Lava Jato, que apura pagamentos de propina e desvio de dinheiro da Petrobras.
O Jornal Nacional apurou que dois dos nomes são os dos presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Ambos dizem não ter conhecimento de que estejam entre os alvos dos pedidos de investigação (veja no vídeo ao final desta reportagem).
A lista foi entregue nesta terça (4) ao ministro Teori Zavascki, relator das apurações da Operação Lava Jato no STF. Foram apresentados 28 pedidos de abertura de inquérito referentes a 54 pessoas, dentre as quais autoridades e suspeitos sem foro privilegiado. Entre as suspeitas relatadas, há crimes como corrupção e lavagem de dinheiro.
Janot também protocolou sete pedidos de arquivamento. O trabalho de análise dos documentos já começou no gabinete de Zavascki. O ministro e a equipes estão analisando cinco caixas de documentos enviados por Janot.
A expectativa é de que a análise seja concluída até o fim de semana e, logo em seguida, sejam conhecidos oficialmente os nomes e as suspeitas sobre cada um dos políticos.
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De acordo com o critério definido pelo procurador-geral, para serem
investigados, os políticos precisam ter sido citados nas delações
premiadas do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, e do doleiro
Alberto Yousseff como beneficiados pelo esquema de corrupção na
Petrobras.Nos casos em que não há indícios de crime, Janot pediu o arquivamento. Se os pedidos forem aceitos e os inquéritos abertos pelo STF, os procuradores e a Polícia Federal poderão iniciar uma nova etapa nas investigações.
Segundo os investigadores, o trabalho, que está apenas no começo, pode identificar mais nomes de políticos suspeitos de terem se beneficiado do esquema de corrupção na Petrobras.
No Ministério Público Federal, o trabalho agora é preparar os pedidos que serão encaminhados ao Superior Tribunal de Justiça (STJ). Pelo menos um deles deve ser para investigar um governador citado nas delações.
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