segunda-feira, 9 de março de 2015

Beltrame cria grupo para combater tráfico internacional de armas

Beltrame cria grupo para combater tráfico internacional de armas

Dez funcionários da PF vão integrar o grupo 'Minimissão Suporte'.
Dados da polícia apontam 89 fuzis apreendidos entre janeiro e fevereiro.

Káthia Mello Do G1 Rio
Beltrame concedeu entrevista coletiva nesta
segunda (Foto: Reprodução/TV Globo)
Beltrame convoca polícias para discutir recentes ataques a PMs no RJ (Foto: Reprodução/TV Globo) O secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, confirmou nesta segunda-feira (9) a criação de um grupo especial para combater o tráfico de armas no Rio de Janeiro. A partir do dia 23 de março, o núcleo de inteligência integrado pelas policias civil, militar e federal vai ampliar a atuação no combate a crimes transnacionais, como tráfico de armas no estado.

"Nós estamos juntando policiais 24 horas no mesmo local no sentido de ajudar a polícia do Rio de Janeiro a diminuir a criminalidade e fazer o mapeamento de todas as áreas de Rio de janeiro e a se consiga reduzir o número de fuzis e armas longas que tem nessa cidade. São ações de inteligência e investigação", disse o secretário.

Ele disse que não serão feitas patrulhas 24 horas nas fronteiras do estado. Segundo Beltrame, estão sendo feitos contatos com a polícia do Paraná onde já existe um projeto semelhante. Dez funcionários da Polícia Federal vão integrar o grupo que recebeu o nome de Minimissão Suporte e recebeu a aprovação do Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. O grupo começa a ser treinado na Academia Nacional de Polícia, em Brasília, na semana que vem.
Segundo dados da polícia civil, 89 fuzis foram apreendidos entre janeiro e fevereiro deste ano - o dobro se comparado com o mesmo período do ano passado Beltrame e o Chefe de Polícia, Fernando Veloso, se reuniram na tarde desta segunda com delegados da nova Divisão de Homicídios do Rio, para discutir os novos crimes envolvendo policiais militares no estado.
Em 48 horas, três policiais militares foram mortos, sendo dois deles em Mesquita, na Baixada Fluminense. Essa foi a primeira reunião desde a criação do departamento, que unificou as delegacias de Homicídios da Capital, Baixada Fluminense e Niterói e São Gonçalo, sob comando do delegado Rivaldo Barbosa. O projeto é acelerar as investigações para identificar os responsáveis pelas mortes.

Rivaldo disse que o grupo já está trabalhando e avançando na investigação desses últimos casos. "Vamos dar uma resposta muito rápido", disse sem adiantar detalhes das investigações. O delegado confirmou que a Corregedoria da Polícia Militar está trabalhando em conjunto com a DH na apuração do crime do soldado, cujo corpo foi jogado na porta de uma UPA, na Baixada Fluminense.

A preocupação da polícia é com o aumento dos crimes na Baixada Fluminense. Segundo o delegado Rivaldo Barbosa, a região foi responsável por 40% dos homicídios no ano passado. O foco principal é o combate ao tráfico de drogas e a milícia que atuam na região. As três delegacias vão fazer ações conjuntas no combate a esses crimes.
Crimes no fim de semana
O soldado Diego Moutinho da Silva Maia, de 29 anos, foi baleado no bairro da Chatuba, em Mesquita. Ele chegou a ser levado para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Ricardo de Albuquerque, no Subúrbio do Rio, mas não resistiu aos ferimentos. O caso, que ocorreu neste domingo (8), está sendo investigado pela Divisão de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF). Ainda não há informações de como o crime aconteceu.

No sábado, o soldado Adson Nunes da Silva, que trabalhava na Coordenadoria de Inteligência da Polícia Militar do Rio, foi encontrado baleado deixado por um carro em frente à UPA de Edson Passos, também em Mesquita. Ele também não resistiu e morreu. A polícia busca câmeras de segurança que ajudem a identificar o veículo que levou o policial até a UPA.

Já a Divisão de Homicídios da capital (DH), investiga a morte de um terceiro policial, ocorrida na madrugada de domingo (8). Um PM do 41º BPM (Irajá) foi baleado e morto numa troca de tiros no Morro do Juramento, em Vicente de Carvalho, no Subúrbio do Rio. Nesse tiroteio outros dois policiais militares ficaram feridos. Um deles foi levado para o Hospital Getúlio Vargas, na Penha, no Subúrbio, e liberado em seguida. O outro foi transferido para o Hospital Central da PM, no Estácio.

Também no sábado, um PM da foi atingido por bandidos no Morro da Providência. Na Fazendinha, no Morro do Alemão, um soldado foi baleado na cabeça depois de um ataque de criminosos. E na comunidade Nova Brasília, um outro policial foi atingido por um tiro na barriga durante um patrulhamento.

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