Senadores pedem proteção aos envolvidos na morte do coronel Paulo Malhães
O documento solicita ao procurador-geral de Justiça do Rio de Janeiro a designação de dois membros do MP para acompanharem o caso, além da interlocução com a Comissão Nacional da Verdade
A Comissão de Direitos Humanos (CDH) do Senado quer acompanhar de perto
os desdobramentos das investigações sobre a morte do coronel Paulo
Malhães. Em relatório apresentado nesta terça-feira (13) sobre a
diligência feita no Rio de Janeiro no último dia 6, a senadora Ana Rita
(PT-ES), pede que a viúva do coronel Cristina Malhães e o caseiro
suspeito de ter participado do crime, Rogério Pires Teles, sejam
incluídos no Programa de Proteção a Vítimas e Testemunhas Ameaçadas.
No relatório, a CDH solicita cópia do inquérito policial mesmo que
mediante sigilo. O documento solicita ao procurador-geral de Justiça do
Rio de Janeiro a designação de dois membros do Ministério Público para
acompanharem o caso, além da interlocução com a Comissão Nacional da
Verdade acerca das providências relacionadas ao caso.
Durante a diligência no Rio de Janeiro além da senadora Ana Rita, os
senadores Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) e João Capiberibe( PSB-AP) se
encontraram com o caseiro Rogério Pires, acusado de ter participado da
morte do coronel. Aos parlamentares, o caseiro negou envolvimento no
crime. Na versão da Polícia Civil, o caseiro confessou a participação no
latrocínio (roubo seguido de morte), no sítio de Malhães, na Baixada
Fluminense.
A
Comissão de Direitos Humanos do Senado quer acompanhar de perto os
desdobramentos das investigações sobre a morte do coronel Paulo Malhães
(Foto: Wilton Junior/Estadão)
Antes da votação do relatório, que por falta de quorum na sessão de hoje
só deve ser feita na próxima quarta-feira (21), o senador Randolfe
Rodrigues pediu que o documento inclua a responsabilização do Estado
brasileiro pela morte de Magalhães. “Houve negligencia do estado
brasileiro em dar garantia de vida ao senhor Paulo Malhães”, reclamou.
Na avaliação do senador Randolfe está comprometido o trabalho de
recuperação da verdade. “De nada adianta ter sido criada a Comissão da
Verdade se as condições ( para os depoimentos seguros) não tiverem sido
dadas”,disse.
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