CFM libera registro de estrangeiros do Mais Médicos
O início do programa já foi adiado por causa da resistência dos CRMs, que entraram com várias ações judiciais contra o Mais Médicos
por Agência Estado
O Conselho Federal de Medicina (CFM) orientou os conselhos regionais da
categoria a emitirem os registros provisórios dos profissionais
estrangeiros do programa Mais Médicos, desde que a documentação esteja
"completa e sem inconsistências". O início do programa já foi adiado por
causa da resistência dos CRMs, que entraram com várias ações judiciais
contra o Mais Médicos.
A nova orientação, segundo o CFM, foi dada depois de a Advocacia-Geral
da União (AGU) ter manifestado, diante da Justiça do Rio Grande do Sul, o
entendimento de que devem ser repassados aos conselhos regionais o
endereço de trabalho e os nomes dos tutores e supervisores de cada um
dos estrangeiros inscritos no programa. No começo da semana, um parecer
da AGU proibia a exigência de documentos que extrapolassem a lista
incluída na Medida Provisória do Mais Médicos.
"Para os conselhos de Medicina, isso demonstra a compreensão da
Advocacia-Geral da União de que os pedidos de informações para
viabilizar as ações de fiscalização relativas ao Mais Médicos estão
pautados pelo princípio da razoabilidade. Também indica que o governo
assume sua capacidade e dever de atender à integra dos requisitos deste
programa", diz o CFM em sua página na internet.
Os conselhos regionais darão prazo de 15 dias, a partir da entrega de
cada registro, para que o Ministério da Saúde repasse as informações.
Segundo o CFM, esses dados são indispensáveis para a fiscalização do
programa, "conforme previsto na MP 621, com atenção especial à segurança
dos pacientes e à defesa do exercício ético em parâmetros do desempenho
ético da profissão".
O
CFM orientou os conselhos regionais da categoria a emitirem os
registros provisórios dos profissionais estrangeiros do programa Mais
Médicos (Foto: Divulgação)
O CFM afirmou que já há "número significativo de dossiês incompletos".
"Apenas as inconsistências que desobedecem à MP estão sendo apontadas.
Entre os problemas mais comuns estão falta de legalização consular dos
diplomas e dados de identificação pessoal com inconsistência", diz o
conselho.
Estão sendo aceitos, segundo o CFM, diplomas e declarações sem tradução
juramentada. "No entendimento dos conselhos, a responsabilidade pela
originalidade, autenticidade e legitimidade desses documentos está sendo
assumida pelo governo".
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