Distúrbios violentos foram registados esta noite em Santiago do Chile, no final do dia que assinalou o 40.º aniversário do golpe militar que derrubou o presidente Salvador Allende, em 1973.
Numa zona de periferia houve polícias feridos - incluindo o chefe da polícia, o general Rodolfo Pacheco -, dezenas de detidos e cortes de energia, que afetam cerca de cem mil pessoas.
Como já tinha acontecido na véspera, manifestantes incendiaram barricadas e trocaram tiros com a polícia nos bairros de Villa Francia, Lo Hermina e San Bernardo, tendo sido também incendiados três autocarros.
Homenagens
Mas houve também homenagens e lugar à memória. No Estádio Nacional de Santiago, mais de mil pessoas acenderam velas em memória das vítimas da ditadura de Augusto Pinochet. Mais de 40 mil prisioneiros políticos foram aí mantidos, depois da instalação da ditadura de Pinochet, a 11 de setembro de 1973.
Foram também colocados cravos vermelhos e fotografias das vítimas que continuam desaparecidas; famílias inteiras prestaram homenagem aos cerca de 3200 executados ou desaparecidos durante os 17 anos da ditadura.
O presidente Sebastián Piñera esteve, mais cedo, numa cerimónia religiosa no palácio presidencial La Moneda, que foi bombardeado no dia do golpe de Estado, quando o exército liderado por Pinochet derrubou Allende.
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