Eles pediram R$ 3,5 mil pela garota a uma mulher, que acionou a polícia
G1
Um casal de cariocas foi preso em flagrante, na noite desta
terça (17), ao tentar vender a filha de 2 anos em Jaboatão dos
Guararapes, no Grande Recife. A negociação foi feita por meio do
Facebook com uma mulher de Campina Grande (PB), que resolveu denunciar o
caso à Polícia Civil de Pernambuco e ao Ministério Público da Paraíba.
De acordo com a delegada da Infância e Juventude da Paraíba, Nercília Quirino, a mãe da criança postou, na última sexta (13), um comentário sobre a vontade de doar a filha em um grupo aberto do Facebook. "Uma mulher de Campina Grande se interessou e começou a conversar com a carioca, que depois passou a mostrar sinais que queria dinheiro em troca da menina. Ela disse que precisava de dinheiro para viajar até a Europa, onde iria se prostituir. Quando percebeu que o assunto era sério, decidiu denunciar o crime", explicou Quirino, que participa das investigações no Recife.
Em acordo com policiais de Pernambuco e da Paraíba, a denunciante combinou um encontro com os pais da menina, na noite de hoje, em frente a uma estação de metrô no Centro de Jaboatão. No local, a criança seria entregue mediante pagamento de R$ 1,5 mil e um notebook. Eles também receberiam R$ 2.000, pagos em dez parcelas. Após fechar a negociação com a mulher, o casal foi preso. O flagrante ocorreu por volta das 19h.
"O homem não participou das conversas na rede social, mas estava presente na hora da entrega, com a menina nos braços", contou o delegado da Gerência de Polícia da Criança e do Adolescente (GPCA) do Recife, Geraldo da Costa.
O casal foi levado para a GPCA, na Zona Oeste do Recife, onde irá prestar depoimento. Segundo a polícia, a mulher de 23 anos disse trabalhar como manicure e homem, de 40 anos, como mototaxista. Eles foram procurados, mas não quiseram falar com a reportagem. "A criança está bem agora, antes mostrava-se muito apática, não sorria nem chorava. A mãe não mostrou nenhum tipo de apego nem amor à menina", afirmou o delegado. A criança nasceu no Rio, mas morava com os pais em Pernambuco. Ela será levada para o Conselho Tutelar de Jaboatão dos Guararapes.
A polícia informou que a denunciante do caso não será indiciada. "A moça tem uma filha biológica da idade da menina [negociada], é voluntária de um abrigo de crianças vítimas de violência, em Campina Grande, e se interessou pelo caso. Nós não a vemos como participante no crime. Ela percebeu que o crime ia acontecer, foi levando situação e correu para fazer denúncia. Ela teve muita coragem", comentou a delegada Nercília Quirino.
Ao G1, a denunciante contou que estuda serviço social e entrou no perfil sobre adoção para trabalhos científicos da faculdade. "Na sexta, vi o post da mãe da menina e achei estranho alguém oferecer adoção na rede social. Falei com ela para saber o real interesse. No começo, ela pediu R$ 5 mil. Eu disse que não tinha. No domingo, ela me procurou e fechamos o valor. Todo o contato foi pela internet, ela até mandou fotos da garota. Hoje, procurei o Ministério Público e a polícia. Estou me sentindo aliviada por ter mudado o futuro dessa criança", detalhou.
A Polícia Civil ainda informou que o casal tem uma filha de 5 anos e o homem, outra de 18 anos. As duas também serão encaminhadas ao Conselho Tutelar.
De acordo com a delegada da Infância e Juventude da Paraíba, Nercília Quirino, a mãe da criança postou, na última sexta (13), um comentário sobre a vontade de doar a filha em um grupo aberto do Facebook. "Uma mulher de Campina Grande se interessou e começou a conversar com a carioca, que depois passou a mostrar sinais que queria dinheiro em troca da menina. Ela disse que precisava de dinheiro para viajar até a Europa, onde iria se prostituir. Quando percebeu que o assunto era sério, decidiu denunciar o crime", explicou Quirino, que participa das investigações no Recife.
Em acordo com policiais de Pernambuco e da Paraíba, a denunciante combinou um encontro com os pais da menina, na noite de hoje, em frente a uma estação de metrô no Centro de Jaboatão. No local, a criança seria entregue mediante pagamento de R$ 1,5 mil e um notebook. Eles também receberiam R$ 2.000, pagos em dez parcelas. Após fechar a negociação com a mulher, o casal foi preso. O flagrante ocorreu por volta das 19h.
"O homem não participou das conversas na rede social, mas estava presente na hora da entrega, com a menina nos braços", contou o delegado da Gerência de Polícia da Criança e do Adolescente (GPCA) do Recife, Geraldo da Costa.
O casal foi levado para a GPCA, na Zona Oeste do Recife, onde irá prestar depoimento. Segundo a polícia, a mulher de 23 anos disse trabalhar como manicure e homem, de 40 anos, como mototaxista. Eles foram procurados, mas não quiseram falar com a reportagem. "A criança está bem agora, antes mostrava-se muito apática, não sorria nem chorava. A mãe não mostrou nenhum tipo de apego nem amor à menina", afirmou o delegado. A criança nasceu no Rio, mas morava com os pais em Pernambuco. Ela será levada para o Conselho Tutelar de Jaboatão dos Guararapes.
Delegados Geraldo Costa e Nercília Quirino estão à frente
do caso (Foto: Luna Markman/G1)
O casal, que não vive mais junto, foi autuado em flagrante por
entrega de filho a terceiro mediante pagamento ou recompensa, crime
previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). A polícia
arbitrou fiança de R$ 15 mil para a mãe e R$ 15 mil para o pai. Se não
puderem pagar, a mulher será levada à Colônia Penal Feminina, no
Recife, e o homem ao Centro de Triagem (Cotel), em Abreu e Lima, na
Região Metropolitana. Eles podem pegar um pena de até quatro anos de
reclusão.do caso (Foto: Luna Markman/G1)
A polícia informou que a denunciante do caso não será indiciada. "A moça tem uma filha biológica da idade da menina [negociada], é voluntária de um abrigo de crianças vítimas de violência, em Campina Grande, e se interessou pelo caso. Nós não a vemos como participante no crime. Ela percebeu que o crime ia acontecer, foi levando situação e correu para fazer denúncia. Ela teve muita coragem", comentou a delegada Nercília Quirino.
Ao G1, a denunciante contou que estuda serviço social e entrou no perfil sobre adoção para trabalhos científicos da faculdade. "Na sexta, vi o post da mãe da menina e achei estranho alguém oferecer adoção na rede social. Falei com ela para saber o real interesse. No começo, ela pediu R$ 5 mil. Eu disse que não tinha. No domingo, ela me procurou e fechamos o valor. Todo o contato foi pela internet, ela até mandou fotos da garota. Hoje, procurei o Ministério Público e a polícia. Estou me sentindo aliviada por ter mudado o futuro dessa criança", detalhou.
A Polícia Civil ainda informou que o casal tem uma filha de 5 anos e o homem, outra de 18 anos. As duas também serão encaminhadas ao Conselho Tutelar.
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