Jornalistas do Diário e do DOL, em frente ao grupo RBA. |
Séquito de seguranças dos Barbalho. O segundo, da dir. para esq., envolveu-se em uma escaramuça com os grevistas. |
Alimentada
pela intransigência patronal, perdura, até aqui, a greve dos jornalistas do
jornal Diário do Pará e do DOL, o Diário Online, do grupo de comunicação da família do senador Jader
Barbalho, o morubixaba do PMDB no Pará. Uma nova rodada de negociações entre
uma comissão dos jornalistas e a direção do jornal dos Barbalho desembocou em
um impasse. Diante das reivindicações de um piso salarial de R$ 1.908,25, em contraposição aos míseros
R$ 1 mil pagos atualmente, estabilidade de um ano para todos os grevistas e a
readmissão do jornalista Leonardo Fernandes, demitido em retaliação a
mobilização pela paralisação, a contraproposta dos Barbalho foi inicialmente rejeitada.
A direção do Diário do Pará, em sua
contraproposta, acenou com um piso salarial de quase R$ 1.400,00 e estabilidade
de seis meses para os grevistas, mas rejeitou peremptoriamente a readmissão de
Leonardo Fernandes.
A
intransigência dos Barbalho, diante das legítimas reivindicações dos seus
jornalistas, vem servindo de combustível para a paralisação. O séquito de
seguranças recrutados e postados na entrada do jornal, com o agravante de um
deles se envolver em uma escaramuça com os grevistas, é emblemático da
intolerância patronal, levada ao paroxismo pela família do senador Jader
Barbalho, obviamente com a anuência deste. A truculência explícita, como
instrumento para intimidar os grevistas, soa tanto mais surpreendente por ser fatalmente
coonestada por quem ascendeu eleitoralmente, até ser catapultado para o
proscênio político do Pará e da República, com um discurso em defesa da ordem democrática
e da justiça social.
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