terça-feira, 1 de abril de 2014

Três anos após desastre nuclear, moradores retornam a Fukushima

Três anos após desastre nuclear, moradores retornam a Fukushima

O primeiro grupo de moradores retirados de Fukushima está de volta à cidade, três anos depois do desastre na usina nuclear danificada após o terremoto e o tsunami que devastaram parte do Japão em março de 2011.

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Cerca de 350 pessoas foram autorizadas a voltar ao bairro de Miyakoji, na cidade de Tamura, que fica dentro da zona de exclusão de 20 quilômetros em volta da usina. É a primeira vez que moradores que viviam nessa zona estão sendo autorizados a voltar para casa de forma permanente.

As autoridades disseram que radiação já diminuiu para níveis seguros, possibilitando a volta dos moradores. Mas muitos deles ainda hesitam em retornar para as casas abandonadas há três anos. Cerca de 80 mil pessoas foram retiradas da região depois da crise nuclear na usina de Fukushima.

O terremoto de 11 de março de 2011 e o tsunami que aconteceu logo em seguida danificaram os sistemas de refrigeração dos reatores da usina nuclear de Fukushima Daiichi, levando ao derretimento do reator e à liberação de radiação.

'Não há empregos'

Apesar da permissão para voltar, não se sabe quantos retornarão para suas casas. "Muitos de nossos amigos e vizinhos não vão voltar. Não há empregos. É inconveniente e muitos jovens estão com medo da radiação", disse Kimiko Koyama, de 69 anos, à agência de notícias Reuters.

Dentro da zona de exclusão muitos locais se parecem mais com bairros fantasmas, e os antigos moradores continuam dependendo de moradias temporárias ou vivendo com familiares.

Mas há quem esteja ansioso para voltar para casa. "As pessoas querem voltar e levar uma vida digna, fincar raízes", disse Yutaro Aoki, um dos moradores que supervisionam a recuperação da cidade, à agência de notícias Associated Press.

Ainda não se sabe se os outros moradores que foram obrigados a deixar a região receberão permissão para voltar para casa algum dia. O trabalho de descontaminação ainda está andamento, mas algumas áreas ainda continuarão a ser perigosas demais para morar durante muitos anos.

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