Chefe de design do Android diz que mobile está morto
robertnelson / FlickrO executivo, é claro, não se referia ao fim dos sistemas móveis como um todo. A declaração foi relativa à morte do conceito de design para mobile, a “categoria especial” criada para as aplicações feitas para smartphones e tablets. “O mobile já foi algo significativo para distinguir aquilo que as pessoas criavam”, disse Duarte ao jornalista. Hoje, no entanto, “qualquer experiência que você imaginar pode ser expressa em qualquer tamanho de tela”.
Para o VP, definitivamente é preciso parar de pensar no mobile como esse “grupo distinto”. “Eu adoro essa ideia de pessoas dizendo ‘foque nas telas pequenas’”, disse ele, bem-humorado. Duarte acredita que é mesmo preciso ter esse foco nos displays menores, “mas isso não significa que você deva focar apenas nas telas de 5 ou 7 polegadas” – e muito menos que cada um desses tamanhos deva exigir um produto diferente.
“As pessoas hoje 'viajam' entre todos esses diferentes modelos no decorrer do dia”, afirmou. Ou seja, é preciso fazer com que a experiência do usuário seja a mesma, independente do dispositivo que ele esteja usando. “Hoje não dá mais para dizer que ‘aquele recurso é só para desktops’”, finalizou.
Em resumo, como explicou na conversa, a ideia do VP de design do Android é basicamente criar um design responsivo para todos os produtos. Um aplicativo usado no computador deveria ter todos os recursos – e uma interface até similar – ao que será usado por alguém no smartphone ou no tablet.
De certa forma, é mais ou menos isso que vemos o Google tentando fazer hoje com suas aplicações no Android, no Chrome e no Chrome OS. Ou mesmo que a Microsoft tem feito com o Office, que funciona praticamente da mesma forma hoje no Windows 8, nos dispositivos móveis e online. E se essa for mesmo a tendência – como parece ser –, é provável que a vejamos sendo adotada por outras companhias no decorrer dos próximos meses.
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