sábado, 26 de abril de 2014

Encontrado morto coronel que confessou tortura no período militar


Encontrado morto coronel que confessou tortura no período militar

Encontrado morto coronel que confessou tortura no período militar
Foi encontrado morto, nesta sexta-feira (25/04), no sítio em que morava em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, o coronel reformado do Exército Paulo Malhães. O corpo apresentava marcas de asfixia, segundo a Polícia Civil. Malhães prestou depoimento em março à Comissão Nacional da Verdade em que relatava ter participado de prisões e torturas durante a ditadura militar. Disse também que foi o encarregado pelo Exército de desenterrar e sumir com o corpo do deputado Rubens Paiva, desaparecido em 1971.
De acordo com o relato da viúva Cristina Batista Malhães, três homens invadiram o sítio de Malhães na noite desta quinta-feira, 24, à procura de armas. O coronel seria colecionador de armamentos, disse a mulher aos policiais da Divisão de Homicídios da Baixada que estiveram na propriedade.
Cristina disse que ela e o caseiro foram amarrados e trancados em um cômodo, das 13h às 22h desta quinta-feira (24), pelos invasores.
A advogada Nadine Borges, membro da Comissão Estadual da Verdade do Rio, afirmou à Folha de S.Paulo ter conversado com uma das filhas do militar. Segundo ela, a mulher do coronel foi amarrada e todas as armas do militar foram roubadas. “A polícia tem que investigar a fundo esse crime. Tudo indica que é uma queima de arquivo”, disse ela.
A deputada federal e ex-ministra da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Maria do Rosário, comentou a morte de Malhães.
“Soa estranho que, após essas revelações, o militar tenha sido assassinado. Estou entrando em contato com os ministros Ideli (SDH) e José Eduardo Cardozo (MJustiça) para pedir apoio da Polícia Federal na investigação”, escreveu ela em sua página no Twitter.
(*) Com informações do Uol

Nenhum comentário:


Fornecido Por Cotação do Euro