SENADOR JOSÉ SARNEY |
Assistindo perplexo ao efeito avassalador das redes sociais ,
leia-se blogs, facebook, twitter, instagram, etc, o senador José Sarney
publicou, neste domingo (06), no jornal de propriedade da sua família,
um curioso artigo intitulado “O poder que não pode”, onde admite que as
atuais ferramentas digitais da Comunicação suplantaram o poder
tradicional que antes era “hegemônico”.
“Desse modo,
a juventude que passa o dia e a noite navegando vai transformando o
mundo, por sua vez já transformado. O poder não pode mais como nos
velhos tempos”, admitiu Sarney, após uma semana dura para o grupo que
comanda o Maranhão há mais de cinco décadas e que viu a governadora
Roseana abrir mão de disputar o Senado, temendo perder o controle do
governo do Estado, desfecho esse que é consequência das inúmeras reações
nas redes sociais.
“Mas, hoje, o
que está no auge das indagações são as consequências do mundo digital
sobre o poder. Desapareceu o tempo das potências hegemônicas e do poder
hegemônico. Hoje não existe mais o espaço da bipolaridade e o mundo cria
novos núcleos de poder que despontam aqui e ali e, embora pequenos ou
médios, inibem o poder maior”, rendeu-se Sarney, textualmente, para
reconhecer, do seu modo, o poder das redes sociais.
Secom arcaica e parada no tempo
Fazendo uma
rápida análise sobre o que impulsionou o desgaste excessivo do governo
Roseana Sarney nas redes sociais, pode-se dizer que muito disso é
consequência da inabilidade de uma Secretaria de Comunicação que parou
no tempo e não acompanhou a revolução do mundo digital, das redes
sociais e se encolheu às formas de mídia tradicionais.
Ao contrário
de líderes políticos que se inseriram no mundo digital, a governadora
Roseana Sarney não é agente, líder nas redes sociais. Quando aparece é
sempre em forma de “fake” irônico (perfil falso) ou quando um assessor
faz, alimenta. O público desse atual mundo digital é exigente e reprova
isso. Esse universo é de interação, é de presença, é de verdade, não há
espaço para coisas artificiais.
Um exemplo
de liderança política que, apesar de já ter passado dos 70 anos,
procurou acompanhar e se inserir no espaço das novas mídias foi o
ex-governador José Reinaldo Tavares, presente em todas as redes sociais
que hoje formam opinião. Ao contrário disso, a governadora e sua arcaica
Secretaria de Comunicação preferiram parar no tempo para serem
“engolidas” pelo avassalador mundo digital.
Roseana
Sarney, José Sarney, o ex-prefeito João Castelo, o ministro Edson Lobão
são exemplos de grandes e maduras lideranças políticas que se deixaram
“atropelar” pelo mundo das redes sociais ao contrário de José Reinaldo
Tavares que está no mesmo patamar de idade dos citados, com exceção
apenas da governadora que está na faixa etária dos 60 anos, mas que se
fosse bem assessorada também teria se inserido no processo digital como
agente, digo como formadora de opinião nesse novo espaço.
Enquanto
isso, o comunista Flávio Dino e o secretário estadual de Saúde, Ricardo
Murad, são exemplos de líderes políticos que conseguem formar opinião no
mundo digital porque são agentes, líderes de suas próprias redes
sociais por mais que um assessor ou outro também ajude na alimentação de
suas páginas. No caso deles, há uma interação, há uma intimidade com a
massa destas novas mídias, daí um reflexo positivo em suas imagens.
As redes
sociais, portanto, não são ferramentas apenas das novas gerações. Há
espaço para todos, independente de idade, basta apenas se inserir e
procurar usá-las com inteligência e competência.
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