Vice-presidente da Câmara é suspeito de envolvimento com doleiro preso.
Vice-presidente da Câmara é suspeito de envolvimento com doleiro preso.
Processo no Conselho de Ética pode resultar na cassação do deputado.
O Conselho de Ética da Câmara decidiu nesta quarta-feira (9) instaurar processo disciplinar para apurar a conduta do deputado André Vargas (PT-PR), vice-presidente da Casa, alvo de denúncias de envolvimento com o doleiro Alberto Youssef, preso pela Polícia Federal por suspeita de envolvimento em esquema de lavagem de dinheiro que movimentou mais de R$ 10 bilhões.
Com a instauração do processo, o conselho vai averiguar se houve quebra de decoro parlamentar, o que pode resultar na cassação do mandato pelo plenário.
O processo no Conselho de Ética foi motivado por representação protocolada pela oposição. PSDB, DEM e PPS pediram investigação do uso por Vargas de um jatinho alugado pelo doleiro Youssef.
O deputado Zé Geraldo (PT-PA) tentou evitar a abertura do processo, apresentando no início da reunião uma questão de ordem, na qual argumentou que não havia provas contra Vargas e que o conselho não poderia apreciar o caso antes da Corregedoria da Câmara, que recebeu representação com a mesma finalidade protocolada pelo PSOL.
Após cerca de 30 minutos de discussão entre os parlamentares, o presidente do Conselho de Ética, Ricardo Izar (PSD-SP), recusou o pedido de Zé Geraldo, sem passar por votação no Conselho. O autor do pedido anunciou que apresentará recurso em favor da questão de ordem junto à Presidência da Câmara.
Com a instauração do processo, André Vargas pode ficar inelegível se o Conselho de Ética e posteriormente o plenário da Câmara decidirem pela perda do mandato, ainda que o deputado decida renunciar ao mandato. Na última segunda-feeira (7), Vargas pediu licença de 60 dias do mandato parlamentar, sob o argumento de que vai se dedicar à sua defesa. Ele tem reiterado que não pretende renunciar.
Logo após instaurar o processo, Ricardo Izar sorteou o nome de três parlamentares para que um deles seja definido como relator do caso - Julio Delgado (PSB-MG), Renzo Braz (PP-MG) e Roberto Teixeira (PP-PE). O presidente do conselho ainda decidirá quem ocupará o posto.
Inicialmente, o relator precisa apresentar um parecer preliminar indicando se a representação contra Vargas é "apta" ou não, com base nos fatos apontados na denúncia. Se o conselho considerar a representação "apta", a investigação será aberta de fato. No parecer final do relator, poderá constar punição que varia desde advertência por escrito ou suspensão temporária do mandato ou a cassação definitiva.
O prazo para a conclusão do processo na Câmara é de 90 dias úteis, incluindo toda a tramitação no Conselho de Ética e a votação posterior no plenário da Câmara.
Representação
Na representação protocolada pela oposição, com base na qual o conselho instaurou o processo, PSDB, DEM e PPS também quer que se apure suposta atuação do parlamentar junto ao doleiro em contrato assinado por empresa de Youssef com o Ministério da Saúde.
Yousseff foi preso em março pela PF por suspeita de movimentar cerca de R$ 10 bilhões por meio de lavagem de dinheiro. De acordo com reportagem do jornal "Folha de S.Paulo", o empréstimo do avião para viagem a João Pessoa foi acertado entre Vargas e Youssef por mensagem de celular no dia 2 de janeiro.
No fim de semana, reportagem da revista "Veja" revelou mensagens de celular entre André Vargas e Youssef. Segundo a PF, eles atuavam juntos para fechar um contrato entre uma empresa de fachada e o Ministério da Saúde.
O documento também pede que se solicite à Polícia Federal as provas de investigações que envolvam o deputado.
Fonte: Portal G1
Processo no Conselho de Ética pode resultar na cassação do deputado.
O Conselho de Ética da Câmara decidiu nesta quarta-feira (9) instaurar processo disciplinar para apurar a conduta do deputado André Vargas (PT-PR), vice-presidente da Casa, alvo de denúncias de envolvimento com o doleiro Alberto Youssef, preso pela Polícia Federal por suspeita de envolvimento em esquema de lavagem de dinheiro que movimentou mais de R$ 10 bilhões.
Com a instauração do processo, o conselho vai averiguar se houve quebra de decoro parlamentar, o que pode resultar na cassação do mandato pelo plenário.
O processo no Conselho de Ética foi motivado por representação protocolada pela oposição. PSDB, DEM e PPS pediram investigação do uso por Vargas de um jatinho alugado pelo doleiro Youssef.
O deputado Zé Geraldo (PT-PA) tentou evitar a abertura do processo, apresentando no início da reunião uma questão de ordem, na qual argumentou que não havia provas contra Vargas e que o conselho não poderia apreciar o caso antes da Corregedoria da Câmara, que recebeu representação com a mesma finalidade protocolada pelo PSOL.
Após cerca de 30 minutos de discussão entre os parlamentares, o presidente do Conselho de Ética, Ricardo Izar (PSD-SP), recusou o pedido de Zé Geraldo, sem passar por votação no Conselho. O autor do pedido anunciou que apresentará recurso em favor da questão de ordem junto à Presidência da Câmara.
Com a instauração do processo, André Vargas pode ficar inelegível se o Conselho de Ética e posteriormente o plenário da Câmara decidirem pela perda do mandato, ainda que o deputado decida renunciar ao mandato. Na última segunda-feeira (7), Vargas pediu licença de 60 dias do mandato parlamentar, sob o argumento de que vai se dedicar à sua defesa. Ele tem reiterado que não pretende renunciar.
Logo após instaurar o processo, Ricardo Izar sorteou o nome de três parlamentares para que um deles seja definido como relator do caso - Julio Delgado (PSB-MG), Renzo Braz (PP-MG) e Roberto Teixeira (PP-PE). O presidente do conselho ainda decidirá quem ocupará o posto.
Inicialmente, o relator precisa apresentar um parecer preliminar indicando se a representação contra Vargas é "apta" ou não, com base nos fatos apontados na denúncia. Se o conselho considerar a representação "apta", a investigação será aberta de fato. No parecer final do relator, poderá constar punição que varia desde advertência por escrito ou suspensão temporária do mandato ou a cassação definitiva.
O prazo para a conclusão do processo na Câmara é de 90 dias úteis, incluindo toda a tramitação no Conselho de Ética e a votação posterior no plenário da Câmara.
Representação
Na representação protocolada pela oposição, com base na qual o conselho instaurou o processo, PSDB, DEM e PPS também quer que se apure suposta atuação do parlamentar junto ao doleiro em contrato assinado por empresa de Youssef com o Ministério da Saúde.
Yousseff foi preso em março pela PF por suspeita de movimentar cerca de R$ 10 bilhões por meio de lavagem de dinheiro. De acordo com reportagem do jornal "Folha de S.Paulo", o empréstimo do avião para viagem a João Pessoa foi acertado entre Vargas e Youssef por mensagem de celular no dia 2 de janeiro.
No fim de semana, reportagem da revista "Veja" revelou mensagens de celular entre André Vargas e Youssef. Segundo a PF, eles atuavam juntos para fechar um contrato entre uma empresa de fachada e o Ministério da Saúde.
O documento também pede que se solicite à Polícia Federal as provas de investigações que envolvam o deputado.
Fonte: Portal G1
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