Lula nega candidatura e reafirma apoio a Dilma

SÃO PAULO - O ex-presidente do Brasil pediu o fim da 'boataria"

Agência Ansa

foto: Agência Ansa Lula nega candidatura e reafirma apoio a Dilma

SÃO PAULO - O ex-presidente do Brasil Luiz Inácio Lula da Silva garantiu nesta terça-feira (8) que não será candidato à sucessão de Dilma Rousseff em 2014 e afirmou que a atual mandatária é seu nome para as eleições presidenciais marcadas para o final do ano. A declaração foi dada pelo líder petista durante uma entrevista a blogueiros na sede do Instituto Lula, em São Paulo (SP).
"Não sou candidato. Minha candidata é a Dilma Rousseff e se vocês puderem contribuir para acabar com essa boataria toda, vocês estarão contribuindo com o processo de democratização deste país. Dilma tem competência e todas as condições políticas e técnicas para fazer o Brasil avançar. Eu já cumpri com minha tarefa", disse.
A queda da presidente nas últimas pesquisas de intenção de voto, segundo alguns jornais, fortaleceu o movimento "volta Lula" dentro de alguns setores do PT que defendem uma candidatura do ex-mandatário nas eleições deste ano. No entanto, ele fez questão de afirmar que sua sucessora na Presidência é a melhor pessoa para vencer o pleito.
  Petrobras

Na entrevista, Lula também comentou as recentes denúncias de corrupção e má administração na Petrobras, fatores que têm servido de munição para a oposição contra o governo. Para ele, a tentativa de criar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a estatal esconde motivações eleitorais.
"Mais uma vez, os interesses políticos estão fazendo com que a oposição, que não tem bandeira, não tem voto, levante essa ideia. São pessoas que trabalham para enfraquecer a Petrobras. Se ela hoje vale 98 bilhões, no governo FHC [Fernando Henrique Cardoso] ela valia 15 bilhões", declarou o ex-presidente.
Segundo Lula, o governo federal deve reagir "com unhas e dentes" e não pode temer o confronto político para fazer prevalecer sua visão sobre a Petrobras. "O governo tem que ir para a ofensiva e debater esse assunto com muita força. A gente não pode ficar permitindo que, por omissão nossa, as mentiras continuem prevalecendo", salientou.