Foto do corpo de DG mostra marca de tiro que a perícia não viu, diz jornal.
O jornal 'Extra' divulgou uma nova foto do corpo do dançarino Douglas Rafael da Silva Pereira, o DG, de 26 anos, no local em que foi encontrado pela polícia, dentro de uma creche no Pavão-Pavãozinho.
Na imagem, é possível ver, nas costas do jovem, a marca do tiro que o
rapaz levou. Ele aparece na imagem caído num beco, dentro da creche, com
o rosto encostado numa parede e uma das pernas dobradas. Ao encontrar o
cadáver, na última terça-feira, a perícia do local apontou que
as escoriações apresentadas pelo dançarino eram “compatíveis com morte
por queda”, sem mencionar a perfuração por arma de fogo.
Apenas no dia seguinte, foi divulgado que DG tinha tomado um tiro antes de morrer. Segundo o jornal, a Polícia Civil foi questionada sobre um possível erro da perícia de local.
A foto abaixo foi é a primeira imagem da cena do crime que foi divulgada no "Jornal da Globo".
Segundo a Polícia Civil, "nesse primeiro momento, procura-se
mexer o mínimo possível no cadáver e verifica-se a cena do crime. Ainda
de acordo com o comunicado, as feridas e a causa da morte são vistas na
necropsia no Instituto Médico Legal, num segundo momento. A
assessoria esclarece ainda que até o momento não foram encontrados
sinais de espancamento no corpo de Douglas".
Ontem foram ouvidos oito policiais militares envolvidos no tiroteio que terminou com a morte de DG.
Todos negaram que tenham atirado no jovem. Os PMs contaram que foram
vítimas de uma emboscada de traficantes - inclusive do chefe do tráfico
da comunidade, Adauto do Nascimento Gonçalves, o Pitbull, que estava na quadra do Pavão-Pavãozinho - e que apenas revidaram os tiros dados por bandidos.
O corpo de DG foi enterrado ontem no Cemitério São João Batista,
em Botafogo, na Zona Sul do Rio. Cerca de 400 pessoas compareceram ao
sepultamento. A apresentadora Regine Casé chegou ao cemitério por
volta das 15h30. Emocionada, ela falou sobre o dançarino. "Se eu não
conhecesse, e visse aquela imagem do jeito que vi no noticiário (do
corpo do dançarino), já ficaria chocada. Mas era o DG. Ele sempre foi
muito pra gente na criação do programa. A sensação de insegurança não
está só no morro. Se espalhou pela cidade - afirmou Regina, que abraçou a
mãe do dançarino após chegar".
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Fonte: Jornal Extra - Foto: Divulgação.
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