segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Marinha conta oito corpos em naufrágio ocorrido no Amapá

Marinha conta oito corpos em naufrágio ocorrido no Amapá

Por Redação, com ACSs - de Macapá

Foto da embarcação, algumas horas antes do naufrágio, ocorrido neste sábado
Foto da embarcação, algumas horas antes do naufrágio, ocorrido neste sábado
A Marinha divulgou neste domingo que oito pessoas morreram no naufrágio da embarcação na orla de Macapá que ocorreu na manhã deste sábado. O número de vítimas é menor do que o divulgado ontem pelo Corpo de Bombeiros, que informou que 12 pessoas haviam morrido no acidente. A embarcação Capitão Reis 1 naufragou por volta de 11h, nas proximidades do Igarapé das Pedrinhas, no Amapá, quando retornava à cidade de Santana, a cerca de 20 quilômetros de Macapá, depois de fazer o percurso da procissão fluvial em comemoração ao Círio de Nazaré.
As equipes da Capitania dos Portos, responsável pelos trabalhos de busca e resgate, encerraram as atividades na noite de ontem e retomaram os trabalhos no local as 6h30 deste domingo, com uma lancha e o apoio de mergulhadores do Corpo de Bombeiros. De acordo com assessores, as buscas continuarão até que não haja informação sobre a busca de parentes por desaparecidos. Segundo a Capitania, ainda não é possível saber quantas pessoas estavam a bordo quando a embarcação naufragou. O barco foi vistoriado pela Capitania antes de partir para o Círio e foram confirmadas as condições regulares, documentação e número máximo de pessoas a bordo: três tripulantes e 40 passageiros.
Há suspeitas de que durante o Círio mais passageiros embarcaram, o que pode ter provocado o naufrágio. Quando as equipes da Marinha chegaram ao local, a maioria dos tripulantes e passageiros já tinham sido recolhida por outras embarcações que retornavam da procissão fluvial, o que dificulta um levantamento preciso sem que sejam concluídas as investigações. A Capitania instaurou inquérito sobre o acidente para apurar as causas do naufrágio. As investigações devem ser concluídas em 90 dias.
Tragédia
Pelo menos duas mineiras estavam na embarcação que naufragou no rio Amazonas nesse sábado durante uma procissão fluvial com quase 40 embarcações, em homenagem à Virgem de Nazaré, padroeira da Amazônia. Em nota atualizada na noite passada, pela Defesa Civil do Amapá, o nome da mineira Marli Lourenço Dias, 67 anos, aparece na lista dos óbitos ocorridos no acidente. Já o nome da filha dela Marliana Dias Ferreira, de 30, está entre os desaparecidos. Mãe e filha são de Belo Horizonte, mas moravam em Macapá .Na página de Marliana no Facebook, parentes e amigos expressam tristeza pelo desaparecimento da vítima.
A nota informa, ainda, que pelo menos 12 pessoas morreram no acidente. Entre os óbitos, está o comandante da embarcação, Reginaldo Reis Nobre, 51 anos. Porém a Marinha confirma 8 mortes. O barco de pequeno porte tinha capacidade para 40 pessoas e fazia o caminho de retorno ao município de Santana quando inclinou e virou. A embarcação, de 2010, havia sido vistoriada e estava dentro do limite da sua capacidade. De acordo com a Capitania dos Portos do Amapá, o barco afundou por volta das 11h, depois de realizar o percurso de cerca de 20 km da procissão fluvial em comemoração ao Círio de Nazaré.
A embarcação saiu de Santana por volta das 7h30, junto com outros 37 barcos que participaram da procissão que levou a imagem de Nossa Senhora de Nazaré até Macapá. No retorno para Santana, a embarcação virou em frente a uma região conhecida localmente por Igarapé das Pedrinhas.
– Não sabemos como o acidente aconteceu, vamos ter que apurar – afirmou Carlos Neves, capitão dos Portos no Amapá, representante da autoridade marítima estadual. De acordo com sobreviventes, o barco bateu num barranco e virou. “Foi questão de segundos”, disse um sobrevivente. Segundo ele, mais de 100 pessoas estavam na embarcação, a maioria na parte de cima – o que teria deixado o barco sem lastro. Neves afirma, no entanto, que não havia indício de superlotação.
O capitão diz que foi feita uma vistoria dos barcos na saída para a procissão e que a embarcação transportava 40 pessoas, número de sua capacidade máxima, na ida para Macapá, e havia colete para todos.
– Era uma embarcação nova, construída em 2010, e recentemente fiscalizada pela Capitania. O que aconteceu é um infortúnio – disse Neves.

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