Uma rebelião na Casa de Detenção do Complexo Penitenciário
de Pedrinhas, em São Luís, deixou pelo menos 10 mortos, de acordo com a
Secretaria de Segurança do Estado.
No fim da noite dessa quarta-feira (9), o secretário de Estado de
Segurança, Aluísio Mendes, havia informado que eram 13 mortos, mas, na
manhã desta quinta-feira (10), admitiu ter ocorrido duplicidade na
contagem dos corpos.
No Instituto Médico Legal (IML), foram confirmadas a entrada de
seis corpos vindos da Casa de Detenção. Nos hospitais municipais de São
Luís — Djalma Marques, o Socorrão I, e Clementino Moura, o Socorrão II —
há outros quatro. Trinta e quatro detentos feridos foram encaminhados
ao Socorrão I.
Desse total, 13 continuam internados. São eles: Nilson Gonçalves
Cunha, Leonilson Costa Pereira, Iane dos Santos Lima, Cleiton Rogério
Pinto Almeida, Raimundo Nonato Mendonça, Arthur Portela de Carvalho,
Emivaldo Conceição as Silva, Rener Pereira da Silva, Roger Fernandes,
Charles da Cruz Silva, Wellington Vera Silva, Alessandro Neres e Flávio
Aurélio Pinheiro.
De acordo com Mendes, a confusão foi motivada por uma briga entre
facções criminosas e por causa da suspeita de um túnel no Bloco F,
Pavilhão 2. Aproximadamente 60 presos pretendiam sair da penitenciária
através de um túnel.
"As mortes todas são em decorrência de brigas entre detentos de
facções adversárias. O tumulto começou após a inteligência da SSP ter
descoberto que 60 presos estavam cavando um túnel pelo qual pretendiam
sair essa madrugada (de quinta-feira). Quando agentes penitenciários
tentaram acessar a cela onde ficava o início do túnel, os presos se
rebelaram tentando evitar a revista", explicou o secretário.
Familiares seguiram à Cadet em busca de informações dos presos no
início da noite (quarta-feira). O cabo Campos, da Polícia Militar, que
estava no local, disse que houve um forte incêndio lá dentro, que foi
apagado por volta das 23h30. Além disso, ele falou que o movimento de
familiares era muito intenso no local, e, que houve princípio de
confronto. Familiares jogaram pedras e outros objetos contra agentes
penitenciários.
Com o motim desta quarta-feira (9), chegam a 16 o número de
detentos mortos em São Luís somente no mês de outubro, em rebeliões. No
dia 1º, a transferência de 18 presos que estavam na Centro de Custódia
de Presos de Justiça (CCPJ) do Anil para o Complexo Penitenciário de
Pedrinhas provocou a morte de três presos. Um deles foi decaptado.
Na ocasião, dois presos foram levados para o Hospital Socorrão II
com ferimentos, e um agente penitenciário também foi hospitalizado, após
ser atingido com uma pedra na cabeça.
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