Carro-bomba e confrontos matam pelo menos 30 na Síria
Observatório Sírio afirma que a bomba foi detonada por um suicida do grupo terrorista al Qaeda. Morreram 15 rebeldes e 16 soldados
Pelo menos 30 pessoas foram mortas por um carro-bomba e por confrontos em um posto de controle na periferia de Damasco, no sábado. O Observatório Sírio para os Direitos Humanos, pró-oposição, disse que a bomba foi detonada por um suicida do grupo terrorista al Qaeda, ligado à milícia islâmica Nusra, e matou 15 rebeldes e pelo menos 16 soldados. Em outro lugar, perto da capital, as forças sírias tentaram invadir o subúrbio de Mouadamiya, que foi bloqueado pelo exército durante meses, levando a um crescente número de mortes por fome e desnutrição.Regime sírio afirma que conferência de paz ocorrerá no final de novembro
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Apoiadores do Nusra disseram no Twitter que o suicida tinha a intenção de se explodir dentro do carro, mas em vez disso saiu do veículo antes de detonar os explosivos. A televisão estatal síria reportou a explosão, dizendo que várias pessoas haviam sido mortas ou feridas em um atentado terrorista.
O Observatório disse que caças sírios retaliaram com ataques próximos das áreas comandadas pela oposição, como a cidade de Mleiha. Um vídeo enviado por ativistas mostrou uma enorme coluna de fumaça no local e o som de caças voando por cima da cidade.
Rebeldes também dispararam foguetes em Jaramana, subúrbio de Damasco controlado pelo governo, de acordo com o Observatório. O mesmo instituto informou que a Força Aérea realizou quatro ataques a distritos rebeldes adjacentes.
Histórico - Mais de 100.000 pessoas foram mortas da guerra civil que já dura dois anos e meio na Síria e que começou com protestos populares contra o presidente Bashar al-Assad.
(Com Reuters)
Os principais grupos de oposição na Síria
Coalizão Nacional Síria das Forças de Oposição e da Revolução (CNFROS)
Dirigentes da Coalizão Nacional das Forças de Oposição da Revolução Síria em março de 2013 Criação: Novembro de 2012Chefes: Ahmed Jarba
Princípios: defender a soberania e independência nacional com um regime civil e democrático; preservar a unidade do povo sírio e do país; não estabelecer nenhum diálogo ou negociação com o regime de Assad
Em resposta à pressão estrangeira por uma nova aliança que substituísse o Conselho Nacional Sírio, visto como ineficiente e consumido por disputas internas, as facções de oposição se reuniram no Catar para assinar o acordo de criação da Coalizão Nacional Síria das Forças de Oposição e da Revolução (CNFROS). Basicamente, o objetivo da CNFROS é o mesmo que o CNS – derrubar por via legal o ditador Bashar Assad e estabelecer um “estado civil democrático e pluralístico”. No entanto, ela tem a pretensão de ser um conselho de liderança mais inclusivo, que assuma o papel de representante legítima do país para receber ajuda financeira e militar de países estrangeiros.
De fato mais abrangente, a coalizão conta com membros de outros 14 grupos opositores, incluindo o próprio Conselho Nacional Sírio. Mas não aceita militantes islâmicos como os da Frente Al-Nusra, classificada como grupo terrorista pelos Estados Unidos.
Assim que foi criada, a CNFROS conseguiu o reconhecimento dos países do Conselho de Cooperação do Golfo, das 21 nações da Liga Árabe, de alguns países europeus e dos Estados Unidos. Mas a aliança enfrenta problemas semelhantes aos do CNS, e não conseguiu formar um governo provisório dentro da Síria para administrar as áreas dominadas pelos rebeldes.
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