(AFP)
Bratislava
— O presidente francês, François Hollande, anunciou nesta terça-feira
em Bratislava a libertação dos quatro franceses sequestrados em 16 de
setembro de 2010 em Arlit, no Níger."Quero lhes dar uma feliz notícia. Acabo de saber, graças ao presidente do Níger, que nossos quatro reféns no Sahel, os reféns de Arlit, acabam de ser libertados", afirmou Hollande, em declarações em Bratislava, onde está em visita oficial.
Os reféns libertados são Thierry Dol, Daniel Larribe, Pierre Legrand e Marc Féret, que trabalhavam no grupo nuclear francês Areva. Eles foram sequestrados pela Al-Qaeda no Magreb Islâmico (AQMI).
Segundo integrantes da equipe de Hollande, todos passam bem.
"Quero expressar toda minha gratidão ao presidente do Níger, que conseguiu obter a libertação dos nossos compatriotas", completou.
Hollande lembrou dos "três anos de sofrimento para as famílias (dos prisioneiros), que viviam um calvário e que agora estão aliviadas".
O ministro francês das Relações Exteriores, Laurent Fabius, e o da Defesa, Jean-Yves Le Drian, "partiram rumo a Niamey", disse Hollande, para onde os ex-reféns estão sendo levados.
Em 24 de outubro, as forças de segurança de Gao informaram a presença de emissários no Sahel para "acelerar as negociações encaminhadas à libertação de reféns franceses", mas a França "desmentiu formalmente" o envio desses representantes.
No mesmo discurso desta terça, o presidente francês disse que "ainda" pensa nos outros sete franceses que continuam como reféns - dois no Sahel, um na Nigéria e quatro na Síria.
"Eu lhes digo essa mensagem simples e breve: 'não percam a esperança, nunca percam a esperança'. Seu país está aqui, sempre solidário", frisou.
"Desde que assumi o cargo, decidi utilizar todos os contatos possíveis. A guerra que travamos no Mali, sob a égide das Nações Unidas, pode ter suspendido essas iniciativas", explicou o presidente francês. "Elas foram imediatamente retomadas", garantiu.
Em 16 de setembro de 2010, sete pessoas - cinco franceses, entre eles uma mulher, um togolês e um malgache - foram sequestrados em Arlit, local de extração de urânio no norte do Níger.
Em 24 de fevereiro de 2011, a francesa Françoise Larribe, mulher de Daniel, assim como o togolês e o malgache foram soltos "em território nigeriano", de acordo com uma fonte de segurança em Niamey.
No dia 21 de março do mesmo ano, a AQMI exigiu "pelo menos 90 milhões de euros" pela libertação dos outros quatro franceses, o que foi rejeitado por Paris.
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