quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Marcha de professores no Rio acaba em confrontos

Marcha de professores no Rio acaba em confrontos

por Sofia FonsecaOntem
Fotografia © REUTERS/Ricardo Moraes
Marcha de professores no Rio acaba em confrontos
Mais de 10 mil pessoas, professores e apoiantes, terão estado nas ruas do Rio de Janeiro na noite de segunda-feira. O protesto, que se queria pacífico, descambou em confrontos.
No Rio de Janeiro, grupos de manifestantes, supostos integrantes do Black Blocs (com as caras cobertas), tentaram invadir a Câmara e entraram em confronto com a polícia, que lançou gás lacrimogénio para os dispersar. Estes grupos usaram marretas e pedras para partir montras de lojas e vidros das cabines telefónicas, queimaram sacos do lixo e lançaram alguns cocktail molotov.
Nas ruas, estariam, segundo a polícia, cerca de 10 mil pessoas, e, segundo os organizadores, 50 mil. Os professores, sem concordar com a violência, acabaram por dispersar.
No Rio de Janeiro, os professores estão em greve há dois meses contra o novo plano de cargos e os salários que lhes estão a ser oferecidos. Cerca de 60 mil alunos estão a ser afetados pela paralisação.
Os sindicatos alertam que o novo plano para a carreira docente só afeta 7% dos professores (aqueles que trabalham 40 horas por semana na mesma escola). Atualmente, ganham 25 reais (8 euros) por hora.
Antes da manifestação, o presidente da Câmara da cidade, Eduardo Paes, lamentou a radicalização do protesto, numa entrevista à Rádio Globo. "Entendo que os professores têm que ganhar mais, mas o que peço é que os professores conheçam o plano, se aprofundem no que foi aprovado", disse. O autarca lembrou ainda que no Rio de Janeiro se chega a pagar o maior salário de professor do Brasil.

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