quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Após retirar testículos com estilete, trans faz terapia no SUS.

Brasilia - Simone Rodrigues, hoje com 36 anos, decidiu usar um estilete escolar para retirar os testículos. Depois de 12 anos, ela conseguiu o que julga ser o grande passo para realizar seu maior sonho: a cirurgia de mudança de sexo. De acordo com informações do portal de notícias da Globo (G1), Simone já deu início ao acompanhamento com psicólogos da rede pública de saúde e vai se preparar emocionalmente para a operação pelos próximos dois anos. O Conselho Federal de Medicina estabelece o prazo para que os interessados tenham tempo suficiente para refletir e ter certeza da decisão.
Simone disse em entrevista ao G1 que descobriu, através de pesquisas, que os testículos eram a única parte não aproveitada na operação: "Vi que os testículos eram a única parte não aproveitada na mudança de sexo e decidi que pelo menos disso eu ia me livrar. Ter o órgão masculino sempre me incomodou muito. Eu falei para a minha amiga que queria tirar bicho de pé de cachorro, então ela me deu [a anestesia] de graça. Foi no meio da semana, mas não me lembro bem o dia. Fiz o corte, costurei tudo direitinho. Eu nunca tinha visto isso antes, mas eu queria, eu precisava daquilo, então acho que também me ajudou. Fiz o curativo e fiquei tomando água de caju, estava no filtro da minha casa com uma semana de antecedência. Em 15 dias, eu já não sentia mais dor nem nada", lembra.
Ela disse ainda que não se arrepende da intervenção feita em casa. Desde então, usa calcinha e calças femininas, além de manter o cabelo preto na cintura. Simone Rodrigues também passou a ter alguns namorados.
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SUS - O Ministério da Saúde passou a oferecer as cirurgias de mudança de sexo em 2008. Atualmente, o atendimento é feito em quatro unidades de saúde: Hospital das Clínicas de Porto Alegre (RS), Hospital Universitário Pedro Ernesto (RJ), Fundação Faculdade de Medicina (SP) e Hospital das Clínicas de Goiânia (GO). De acordo com a pasta, os pacientes passam por acompanhamento psicológico por no mínimo dois anos antes da cirurgia.
Com informações do G1.

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