segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Após mais de 7 horas, termina sequestro em hotel de luxo de Brasília

Sequestrador usou arma de brinquedo e explosivos falsos

Após manter refém um funcionário de um hotel no centro de Brasília por quase oito horas, Jac Souza dos Santos, de 30 anos, libertou o trabalhador e se entregou à polícia. O agricultor de Combinado (TO) deixou o prédio cercado por policiais civis e foi levado em uma viatura para a 5ª Delegacia de Polícia.
Chorando, a vítima do sequestro, o chefe dos mensageiros do hotel, José Ailton dos Santos, 49 anos, foi levado para um hospital próximo, onde foi submetido a exames e liberado em seguida. O hotel ficou interditado até que homens do Esquadrão Antibombas concluíssem uma varredura em todo o prédio.
Segundo o delegado da Polícia Civil Paulo Henrique Almeida, a arma que o sequestrador usava era de brinquedo. O Esquadrão Antibombas informou que o material amarrado ao corpo da vítima não era explosivo, tratava-se de canos de PVC cheios de serragem e areia.

A motivação do sequestrador ainda é desconhecida. Santos disse a pelo menos uma pessoa próxima que viajaria para a capital federal, onde ficaria famoso. Além disso, deixou ao menos duas cartas de despedida que sugeriam que ele planejava fazer algo como o que fez hoje. Uma das cartas era destinada à mãe do próprio sequestrador.
“É uma carta de despedida, meio desesperada, e na qual ele pede desculpas para todos os familiares por algum ato que venha a cometer”, disse o delegado, citando também a existência de um vídeo, supostamente gravado no último dia 19, em que Santos pede desculpas à família, à imprensa e também à futura vítima.
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Sequestrador e refém aparecem de mãos dadas na varanda do hotel
Sequestrador e refém aparecem de mãos dadas na varanda do hotel
Ex-secretário municipal de Agricultura e candidato a vereador derrotado em 2008, o agricultor trabalha no comitê de campanha de um dos candidatos ao governo do estado, em Combinado.
Segundo o coordenador do comitê, Maurílio Martins de Araújo, ele é uma pessoa tranquila que, apesar de estar envolvido com a política local, jamais se comportou de forma a gerar qualquer suspeita de que estivesse pensando em fazer algo do tipo. Aparentemente confuso, Santos dizia que explodiria o hotel caso suas exigências não fossem atendidas, entre elas a extradição do ativista italiano Cesare Battisti e a efetiva aplicação da Lei da Ficha Limpa.
Por volta das 8h30, Santos se hospedou no Hotel Saint Peter. Ainda pela manhã, o agricultor subiu ao 13º andar do hotel, bateu na porta dos apartamentos mandando que as pessoas deixassem o prédio, alegando que se tratava de uma ação terrorista. A essa altura, tinha feito um funcionário refém.
Agência Brasil

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