terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Novo balanço eleva para 66 os mortos nos confrontos no Sudão do Sul

Novo balanço eleva para 66 os mortos nos confrontos no Sudão do SulNovo balanço eleva para 66 os mortos nos confrontos no Sudão do Sul

O número de mortos nos confrontos dos últimos dias entre rebeldes e as tropas leais ao Governo do Sudão do Sul é de pelo menos 66, havendo relatos de mais 200 feridos e de sobrelotação dos hospitais.

"Por enquanto perdemos sete militares que morreram enquanto esperava por cuidados médicos e mais outros 59 foram mortos lá fora", disse o médico Ajak Bullen à rádio Miraya FM, enquanto outro estabelecimento médico citado pela AFP, o Juba Teaching Hospital, tinha esta manhã reportado 26 mortos, não sendo possível apurar se os números se somam um ao outro.
De acordo com a agência de notícias espanhola Efe, que cita fontes médicas do Hospital Real de Juba, mais de 50 pessoas morreram e outras 200 ficaram feridas nos confrontos que eclodiram no domingo e continuam a registar-se neste país que ganhou a independência há dois anos.
Em declarações à agência de notícias espanhola Efe, o porta-voz do Exército afirmou que os confrontos desta madrugada registaram-se com "uma pequena força da Guarda Presidencial" e acrescentou que a situação está controlada.
Os relatos de confrontos entre dissidentes do Governo, liderados pelo antigo vice-presidente, e forças leais ao Executivo, levaram já a União Africana a pedir "a máxima moderação" para evitar a escalada do conflito.
A presidente da comissão da UA, Nkosazana Dlamini-Zuma, expressou a sua "enorme preocupação" com a segurança da população civil, vítima dos confrontos que começaram no domingo nos arredores da capital, Juba, e que já se estenderam até ao centro da cidade.
"Esta foi uma tentativa de golpe de Estado", disse o Presidente do Sudão do Sul, Salva Kiir, na segunda-feira, culpando o agora inimigo e antigo vice-presidente, Riek Machar, que foi demitido em julho, por ter começado a violência no país, situado entre o Uganda e o Quénia.
"O vosso governo está a controlar totalmente a segurança em Juba. Os atacantes fugiram e as vossas forças [de segurança] estão a persegui-los. Eu prometo-vos que a justiça vai prevalecer. Não vou permitir nem tolerar que incidentes como este voltem a acontecer na nossa nova nação. Eu condeno estes atos criminosos da forma mais forte possível", disse o presidente num discurso.
Um recolher obrigatório entre as 18:00 e as 06:00 foi imposto, e vai permanecer em vigor até anúncio em contrário, disse o porta-voz das forças armadas às rádios locais, acrescentando que as tropas leais ao presidente estão "a controlar a situação".
Apesar de rico em petróleo, o empobrecido Sudão do Sul conseguiu a independência em 2011 depois de um referendo em que a esmagadora maioria da população apoiou a separação do norte.
As tensões políticas avolumaram-se nas últimas semanas, e já este mês o antigo vice-presidente, Riek Machar, e a viúva do fundador do país, John Garang, criticaram publicamente o atual presidente, acusando-o de se comportar como um ditador.
Diário Digital com Lusa

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