Três conselheiros tutelares são mortos em chacina no Pernambuco
Eles vinham da casa da avó paterna da criança, situada em Arcoverde, no Sertão, a cerca de 70 km de Poção.
A senhora que morreu na chacina era Ana Rita Venâncio, esposa de João Batista e avó da criança.
As primeiras informações obtidas pela Polícia Militar apontam para uma emboscada contra as vítimas, na estrada do Sítio Cafundó, por onde os cinco passavam de carro.
"Primeiro, atiraram no motorista, depois nas mulheres que estavam no banco de trás e à queima roupa em um deles [conselheiro] que tentou escapar", informou a PM ao G1.
Os conselheiros eram Carmem Lúcia da Silva, de 38 anos, José Daniel Farias Monteiro, de 31, e Lindenberg Nóbrega de Vasconcelos, de 54. Uma equipe do Instituto Médico Legal (IML) de Caruaru esteve no local e recolheu os corpos.
Segundo a família de Nóbrega, após a liberação dos corpos no IML, haverá o velório das quatro vítimas no salão da paróquia e o sepultamento está previsto para este domingo (8), no cemitério local.
Pai e avó desaparecidos
Inicialmente, havia a informação de que a criança teria sido feria à bala na confusão, mas, no hospital, informaram que o sangue que a sujava não era dela. A menina está sob a guarda de policiais em um local não divulgado, por questão de segurança.
Segundo a PM, nem o pai nem a avó paterna foram localizados. A mãe da criança já é falecida, segundo a corporação.
Local onde ocorreu a chacina, na estrada do Sítio Cafundó, em Poção (Foto: Reprodução/ TV Asa Branca)
O avô materno disse que na sexta-feira, a avó e o pai mudaram
repentinamente o horário que eles costumavam pegar a menina para passar o
fim de semana. "A gente era para pegar a criança às 11h30 no colégio e
entregar na segunda, de 7h30. Só que, essa semana, eles mesmo mudaram.
(...) Mudou para gente ir pegar de 17h", disse João Batista. Segundo
ele, há mais de dois anos as famílias compatilham a guarda da criança.Investigação em sigilo
O governo do estado designou quatro equipes da Polícia Civil especializada em homicídios, cada uma com um delegado, para apurar o caso. A força-tarefa é comandada pelo delegado Erik Lessa, gestor operacional da Diretoria Integrada do Interior I, e também pelo delegado Darley Timóteo, diretor desta área.
Nesta manhã, Timóteo disse que uma portaria deveria ser emitida para que nenhum detalhe sobre o caso seja divulgado até a conclusão das investigações. Na tarde deste sábado, a assessoria de imprensa da Polícia Civil confirmou que a determinação já foi emitida e que o inquérito ficará sob sigilo até sua conclusão.
"Todo o efetivo da Polícia Militar da região se encontra à disposição da Polícia Civil para eventuais diligências que contribuam para o esclarecimento do caso. A determinação expressa do governador Paulo Câmara é que o crime seja rapidamente elucidado e para isso recomendou todos os esforços do estado", ressaltou a assessoria de imprensa do governo de Pernambuco.
G1
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