Dinamarqueses prestam homenagens às vítimas dos atentados
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Cidades dinamarquesas como Aarhus, Esbjerg, Horsholm, Svendborg e Odense também lamentaram episódio
Milhares
de pessoas se reuniram nesta segunda-feira (16) para prestar homenagens
às vítimas dos atentados que aconteceram sábado (14), em Copenhague,
deixando flores e velas nos locais dos ataques.
As
homenagens se estenderam a outras cidades dinamarquesas como Aarhus,
Esbjerg, Horsholm, Svendborg e Odense. Ainda abaladas com o que
aconteceu, as pessoas expressaram tristeza e revolta, e pediram mais
tolerância. Foram horas de terror que a Dinamarca não vai esquecer.
No sábado,
um homem armado invadiu um café no distrito de Osterbro, a noroeste da
capital, e atirou contra os participantes de um evento sobre liberdade
de expressão. Entre eles estava o cartunista sueco Lars Vilks, que já
recebeu ameaças de morte pela autoria de uma caricatura que retratava o
profeta Maomé como um cachorro. Vilks saiu ileso, mas o cineasta Finn
Noorgard, de 55 anos, morreu no local, e três policiais ficaram feridos.
Veja imagens do atentado em Copenhagen:
Protesto contra terrorismo levou milhares às ruas de Copenhague, na Dinamarca, na noite desta segunda-feira (16). Foto: AP
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Cerca
de oito horas depois, na madrugada de domingo (15), tiros foram
disparados em frente à principal sinagoga de Copenhague, em Kristalgade.
O segurança da sinagoga, Dan Uzan, de 37 anos, morreu com um tiro na
cabeça e dois policiais ficaram feridos.
O líder da comunidade
judaica da Dinamarca, Dan Rosenberg, declarou, em entrevista à imprensa
nesta segunda-feira, que a ameaça terrorista não vai afastar os judeus
do país. “Não deixaremos o terror ditar nossas vidas”, disse.A primeira-ministra da Dinamarca, Helle Thorning-Schmidt, disse que a nação não aceitará qualquer tentativa de ameaça às suas liberdades e direitos. “A liberdade de expressão é um valor fundamental da sociedade dinamarquesa”.
A polícia anunciou nesta segunda-feira a prisão de dois suspeitos de aconselhar e apoiar o autor dos ataques. A capital continua sob estado de alerta e a segurança foi reforçada em vários pontos da cidade. As investigações continuam para identificar qualquer atividade terrorista organizada no país.
O supeito dos ataques tinha 22 anos, era nascido na capital e conhecido pelos serviços de segurança por seu histórico de assaltos e envolvimento com gangues. Autoridades dinamarquesas acreditam que ele tenha se inspirado nos atentados ocorridos em Paris, em janeiro. O jovem dinamarquês foi morto no domingo, após troca de tiros, ao ser perseguido pela polícia.
Em Brasília, o Ministério das Relações Exteriores divulgou nota na qual o governo brasileiro manifesta a sua consternação e diz que os atentados em Copenhague "representam inaceitáveis ataques à liberdade de expressão e à tolerância religiosa". "O governo brasileiro estende ao governo e ao povo da Dinamarca e aos familiares das vítimas sua solidariedade", diz o Itamaraty, na nota.
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