CHACINA: Conselheiros tutelares são mortos a tiros em Pernambuco
Menina de 3 anos é única
sobrevivente do crime, ocorrido no Sítio Cafundó
Portaria deve sair para que informações não sejam divulgadas (Foto:Reprodução/TV Asa Branca) |
Três conselheiros tutelares de Poção e
uma idosa foram mortos a tiros na noite desta sexta-feira (6), neste município
do Agreste pernambucano. Uma menina de 3 anos, neta da mulher, estava junto e
sobreviveu. Segundo informações da família, eles vinham da casa da avó paterna
da criança, situada em Arcoverde, no Sertão, com quem mantêm a guarda
compartilhada.
As primeiras informações obtidas pela Polícia Militar
indicam que pessoas realizaram uma emboscada em estrada do Sítio Cafundó, para
onde os cinco estavam indo
de carro. "Primeiro, atiraram no motorista, depois nas mulheres que
estavam no banco de trás e à queima roupa em um deles [dos que estavam no
veículo] que tentou escapar", informou a PM ao G1. Os
conselheiros eram Carmem Lúcia da Silva, de 38 anos, José Daniel Farias
Monteiro, de 31, e Lindemberg Nóbrega de Vasconcelos, de 54. A avó materna da
criança se chamava Ana Rita Venâncio e tinha 62 anos. Uma equipe do Instituto
Médico Legal (IML) de Caruaru esteve no local e recolheu os corpos.
Primeiramente, havia a informação de que a criança se
feriu à bala na confusão, mas, no hospital, informaram que o sangue que a
sujava não era dela. A menina está sob a guarda de policiais em um local não
divulgado, por questão de segurança. Segundo a PM, o pai dela não foi
encontrado, a avó paterna também não. A mãe morreu há anos, supostamente por
envenenamento, também de acordo com esta corporação.
Avô materno, João Batista explica como era a guarda
compartilhada. "Eram 15 dias com eles lá [pai e avó paterna, em Arcoverde]
e a gente só ficava no final de semana. (...) A gente pegava na sexta e
entregava na segunda. Sempre era eu quem ia pegar", conta. Ele também iria
desta vez, mas diz que teve um problema na perna e não pôde dirigir. "A
gente era pra pegar essa criança de 11h30 no colégio e entregava na segunda, de
7h30. Só que, essa semana, eles mesmo foi quem mudaram. A avó da criança foi
quem mudou mais o pai. Mudou pra gente ir pegar de 17h", relata. João
Batista diz ainda que as questões envolvendo a criança completaram dois anos e
dois meses.
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