Água 'furtada' em SP soma 2,6 bi de litros em 2014
Sabesp informou que vistorias feitas para combater esse tipo de crime aumentaram em 31% no ano passado na comparação com 2013
Vista do reservatório Jaguari, que faz parte do Sistema Cantareira, na região de Vargem - Mariana Pekin/VEJA
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Segundo a empresa, houve um aumento de 31% nas vistorias para coibir esse tipo de crime em relação a 2013. O valor de água "desviada" no ano passado foi avaliado em 17,4 milhões de reais. "Para os fraudadores identificados, a Sabesp cobra pelo que foi desviado, recuperando a água fornecida e não paga". O crime é tipificado como furto e prevê pena de um a quatro anos de reclusão. Na semana passada, as equipes chamadas de "caça-fraudes" detectaram dois casos de furto de água, um em uma lanchonete e o outro em um hotel, na Rua Bueno de Andrade, no Centro de São Paulo. Em nota, a companhia informou que os donos dos estabelecimentos foram autuados em flagrante e encaminhados para o 6º Distrito Policial, no Centro.
"A fraude prejudica toda a população. Quem comete o crime não se preocupa com o desperdício, já que não vai pagar pelo alto consumo. É comum entre os fraudadores deixar torneiras abertas e não consertar vazamentos. Isso se torna ainda mais grave diante da pior seca da história da Região Metropolitana de São Paulo", comunicou a estatal.
Nesta segunda-feira, o volume dos cinco principais mananciais que abastecem a Grande São Paulo, incluindo o Cantareira, conservaram-se estáveis em relação a este domingo – apenas o Sistema Rio Claro, que atende 1,2 milhão de pessoas, registrou um aumento de 0,4 ponto porcentual. O Cantareira, que fornece água para cerca de 8 milhões de pessoas, opera com 5% de sua capacidade original.
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