segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Água 'furtada' em SP soma 2,6 bi de litros em 2014

Água 'furtada' em SP soma 2,6 bi de litros em 2014

Sabesp informou que vistorias feitas para combater esse tipo de crime aumentaram em 31% no ano passado na comparação com 2013

Vista do reservatório Jaguari, que faz parte do Sistema Cantareira, na região de Vargem
Vista do reservatório Jaguari, que faz parte do Sistema Cantareira, na região de Vargem - Mariana Pekin/VEJA
A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) contabilizou que 2,6 bilhões de litros de água foram furtados na Região Metropolitana de São Paulo no ano passado. O número corresponde ao volume consumido mensalmente pela cidade de Taboão da Serra, na Grande São Paulo, que tem 250.000 habitantes. O "desvio de água" ocorre quando o hidrômetro é fraudado para que ele não contabilize o quanto de água realmente foi gasto por determinado estabelecimento. "São clientes de diversos perfis, como residências, galerias comerciais, salões de beleza, pensões, bares, lanchonetes e restaurantes", afirma em nota a Sabesp.
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Segundo a empresa, houve um aumento de 31% nas vistorias para coibir esse tipo de crime em relação a 2013. O valor de água "desviada" no ano passado foi avaliado em 17,4 milhões de reais. "Para os fraudadores identificados, a Sabesp cobra pelo que foi desviado, recuperando a água fornecida e não paga". O crime é tipificado como furto e prevê pena de um a quatro anos de reclusão. Na semana passada, as equipes chamadas de "caça-fraudes" detectaram dois casos de furto de água, um em uma lanchonete e o outro em um hotel, na Rua Bueno de Andrade, no Centro de São Paulo. Em nota, a companhia informou que os donos dos estabelecimentos foram autuados em flagrante e encaminhados para o 6º Distrito Policial, no Centro.
"A fraude prejudica toda a população. Quem comete o crime não se preocupa com o desperdício, já que não vai pagar pelo alto consumo. É comum entre os fraudadores deixar torneiras abertas e não consertar vazamentos. Isso se torna ainda mais grave diante da pior seca da história da Região Metropolitana de São Paulo", comunicou a estatal.
Nesta segunda-feira, o volume dos cinco principais mananciais que abastecem a Grande São Paulo, incluindo o Cantareira, conservaram-se estáveis em relação a este domingo – apenas o Sistema Rio Claro, que atende 1,2 milhão de pessoas, registrou um aumento de 0,4 ponto porcentual. O Cantareira, que fornece água para cerca de 8 milhões de pessoas, opera com 5% de sua capacidade original.

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