Ocidentais se juntam à milícia cristã para combater EI
Frustrados com a falta de empenho de seus governos em acabar com o Estado Islâmico, ocidentais idealistas se alistam a grupos que enfrentam os terroristas
São Miguel, arcanjo da batalha, está
tatuado nas costas de um veterano do exército norte-americano que voltou
recentemente ao Iraque e se juntou à milícia cristã que luta contra o
Estado Islâmico, no que ele vê como uma guerra bíblica entre o bem e o
mal.
Brett, 28, carrega a mesma bíblia de bolso desgastada
que carregava quando enviado ao Iraque em 2006 - uma imagem da Virgem
Maria dobrada dentro de suas páginas e seus versos favoritos destacados.
"É muito diferente", disse ele, perguntando sobre como as experiências se comparam.
"Aqui estou lutando por um povo e por uma fé, e o inimigo é muito maior e mais brutal."
Milhares de estrangeiros têm ido ao Iraque e Síria nos
últimos dois anos, a maioria para se juntar ao Estado Islâmico, mas
alguns ocidentais idealistas também estão se alistando, citando a
frustração de que seus governos não estão fazendo mais para combater os
Islamistas ultra-radicais ou prevenir o sofrimento de inocentes.
A milícia a qual eles aderiram se chama Dwekh Nawsha -
que significa auto sacrifício em aramaico, idioma antigo de Cristo e
ainda usado por cristãos assírios, que se consideram o povo indígena do
Iraque.
Um mapa na parede do escritório do partido político
Assírio afiliado com a Dwekh Nawsha marca as cidades cristãs ao norte do
Iraque, desdobrando-se ao redor da cidade de Mosul.
A maioria está agora sob controle do Estado Islâmico,
que conquistou Mossul no verão passado e lançou um ultimato aos
cristãos: paguem impostos, convertam-se ao Islã, ou morram pela espada. A
maioria deixou o país.
Brett, que como outros voluntários estrangeiros não
revelou seu sobrenome preocupado com a segurança de sua família, é o
único que efetivamente participa do combate até agora.
Outros, que chegaram apenas na semana passada, foram
recusados na linha de frente na sexta-feira pelo serviço de segurança do
Curdistão, que disse que eles precisavam de autorização oficial.
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